26 de fev. de 2010

Sampa Noise - Nova jogada do São Paulo.

Sobre a derrota do São Paulo para o Once Caldas, ontem pela Libertadores, o nosso colaborador "Dido" dá o recado.

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Não satisfeitos em sempre cruzar a bola na área em busca do Washington o São Paulo ontem mostrou uma jogada nova, sim sim, agora o time não vai mas até a linha de fundo para cruzar, faz isso direto do campo de defesa, muito inteligente não?

Bola no chão com o time do São Paulo esta extinta, só cruzar e lançar pelo alto, mas o que não percebem é que essa jogada não tem tido efeito, o defensor acaba sempre se antecipando a Washington.

O São Paulo vinha dominando a partida quando abriu o placar, através de uma falta batida por Rogério Ceni, ainda que não tão bem batida assim, a bola desviou no meio da barreira enganando o goleiro da equipe colombiana. Dai pra frente tome pressão, era pressão por baixo e por cima.


No segundo tempo o Once caldas empata com um gol de cabeça, coisa que o São Paulo já tenta fazer a 1 ano e não consegue. Uma equipe que se tornou especialista em cruzamento, não deveria ser eficaz na bola cruzada em sua área?

Mas não foi o que aconteceu. Xandão, zagueiro contratado esse ano para suprir a falta de Andre Dias, não subiu como deveria na bola.

O que dizer do Miranda, o cara joga muito, se houvessem três “Mirandas” na zaga e certamente o torcedor são paulino ficaria mais tranqüilo. Ele está em todas as partes do campo, até atacar ontem ele atacou, mas curiosamente foi em falha sua que pintou o segundo gol do time colombiano.

Diego Moreno recebeu a bola no meio campo driblou Jean, e partindo em direção a área, Miranda deu combate,e nessa hora podemos dizer - "fecha a perninha fecha, Miranda" - Diego deu uma “sainha” em Miranda, invadiu a área e chutou cruzado, para o do coração tricolor que quase parou de bombear sangue nesse instante.

Como são paulino, continuei a acreditar na vitória, afinal era “só um time que nunca havia perdido em casa na Libertadores”, mas o time colombiano não deixou o time paulista jogar mais, a não ser pelas bolas insistentemente cruzadas na área, causando um colapso em meu tricolor sistema nervoso.

Mas tudo bem, perdemos de virada sim, não quebramos o tabu de vencer o Once Caldas, mas em compensação temos um goleiro como o maior artilheiro do São Paulo em Libertadores. E fica aqui a pergunta:

Será que se a colocar o Washington no gol e o Rogério no ataque o time melhora?

O Sampa está em 2º lugar do grupo, Mas se o time continuar com a estratégia de bola cruzada na área, talvez nem passar da primeira fase conseguirá. O que, convenhamos, seria uma vergonha.


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Termino essa minha 1ª participação no Ferozes FC deixando a minha dica musical:
Tc - Flatline

http://www.youtube.com/watch?v=YcMMdGViqDY

Abraços,

Chazinho de Coca - Palmeiras de Antônio Carlos despacha o Flamengo do PI.

O atento torcedor que parar para analisar os dois jogos do Palmeiras, contra o mesmo Flamengo do Piauí, tentará entender como que pode a mesma equipe apresentar padrão de jogo tão distinto em cada uma das partidas.

O elenco é o mesmo que até outro dia era achincalhado por todos e tido como incapaz de exibir bom futebol.

O que mudou nesse pequeno espaço de tempo?

Nesse meio tempo o Palmeiras apresentou o jovem meia Ivo, ex Juventude. Nada entusiasmante a princípio.

Tomou um sacode de 4X1 do São Caetano, em pleno Palestra Itália.

Muricy Ramalho caiu. Antonio Carlos Zago assumiu.

Essa alteração no comando técnico trouxe também mudanças na distribuição tática dos jogadores. Os mesmos jogadores.

Diego Souza voltou a ser meia, sua posição de origem. O time voltou a ter somente dois volantes. Apenas 2 zagueiros. Todos os 4, devidamente ajustados em suas posições.

Lenny, atacante de ofício, mas esquecido, voltou a formar dupla de ataque. Robert, até então único atacante que vinha sendo (mal) escalado, ganhou companhia, ganhou confiança, gerou esperança.

Saíram de sua cabeça os dois gols da vitória incontestável, do então time sem qualidade, sobre o rival São Paulo, no tradicional choque-rei.

Até Marquinhos, que nem no banco vinha ficando e que quase foi embora do time, voltou no clássico e teve papel preponderante na vitória verde.

Ontem, contra o Flamengo menos famoso e bem menos qualificado, não foi AQUELE teste definitivo para atestar essa recuperação do Verdão. Mas algumas gratas constatações podem ser feitas sobre a nova forma de jogar do time.

A 1ª e acho que principal mudança. As jogadas aéreas deixaram de ser a única forma de o time chegar ao gol, ou no que vinha acontecendo, de tentar chegar ao gol adversário. Mas passou a ser uma, das tantas jogadas do novo arsenal do time. Ontem teve gol de cabeça, gol em jogada com triangulação, golaço de volante posicionado mais a frente do que vinha ficando. Enfim, um verdadeiro ensaio do que pretende ser esse time de Antônio Carlos.

Se antes o elenco era esvaziado e não permitia poupar jogadores fundamentais, ontem, com praticamente o mesmo elenco, Tonhão poupou Cleiton Xavier, o principal criador de jogadas do time. Além de Wendell e Marcio Araujo.

Promoveu o retorno de Figueroa na vaga de Wendell e certamente promoveu sua 1ª dor de cabeça. Figueroa foi muito bem e o chileno alimenta o ataque com muito mais eficácia do que Wendell.

Marquinhos iniciou uma partida, fato que não ocorria desde maio de 2009. O meia atacante fez talvez a sua melhor atuação desde que explodiu como a grande revelação do BR08, quando ainda jogava no Vitória. No Palmeiras, certamente foi sua melhor exibição, das poucas a que teve oportunidade.

Zago mandou também a campo o volante Edinho, que jogou um pouco mais avançado do que o habitual. Resultado? Edinho aparecia como elemento surpresa a todo instante, mas pecava nas finalizações. Isso até que, com o jogo já definido, Antônio Carlos promoveu a estréia de Ivo.

O meia que falou grosso em sua apresentação, não titubeou e na 1ª bola que recebeu fez ótima jogada pela esquerda, foi até a linha de fundo e cruzou forte, onde Edinho, com um lindo voleio, mandou um canhão no canto oposto do goleiro – golaço!

Edinho comemora seu 1º gol no Palmeiras (Foto Eduardo Vianna - Lancenet)

Não apenas taticamente, mas outra grande e benéfica mudança no Palmeiras de Antonio Carlos em relação ao de Muricy é a forma de tratar o material humano. Devidamente retratada quando ele lamenta o fracasso nas negociações com o centroavante argentino Farías

“O Farias não vem mais. Agora é torcer para o Robert não se machucar. O plantel será o mesmo até o final do Paulista. Mas não se preocupem que o nosso time é muito bom”

Quanta diferença!

Na próxima fase da Copa do Brasil o Palmeiras enfrenta o Paysandu. Jogo marcado a princípio para 17 de abril.

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Vou largando a barca, não sem antes lhes indicar o som que embala a feitura deste post: Clan Of Xymox – Louise


Cheers,

25 de fev. de 2010

Chazinho de Coca - Palmeiras parceirão.

Nem bem entrei no portal “Lancenet” hoje pela manhã é vi as seguintes manchetes:

1ª "Império do Amor ressuscita em plena Libertadores"

2ª "Melhor que Eto'o? Obina faz 5 gols e Galo avança.

3ª " Kléber faz 2 gols e Cruzeiro goleia na Libertadores.

O que tem isso demais?

Império do Amor só existe porque o Palmeiras "reforçou" o Flamengo com o retorno de Vagner Love ao Brasil.

“Ahhh, mas foi devido as agressões que ele recebeu e o camarada fez de tudo para sair do Verdão”.

Não importa. Sua ida para o Flamengo foi um insucesso administrativo do clube de Parque Antártica.

Obina só fez 5 gols pelo Galo porque a diretoria do Palmeiras quis mostrar serviço e prestou um "desserviço" dispensando o mais lúcido dos centroavantes do time nas últimas temporadas.

E Kleber Gladiador....Ahhhhh, o Kleber....ele só fez 2 gols ontem pelo Cruzeiro porque a diretoria anterior do Palmeiras não usou sua preferência na contratação do melhor atacante do time nas últimas temporadas, alegando não ter como pagar o alto valor e o deixou ir. A atual diretoria tentou a todo custo contratá-lo depois, a peso de ouro, e obviamente não conseguiu.

Conclusão: O Palmeiras é o grande parceiro de Flamengo e Cruzeiro na briga pela Libertadores. também do Galo, que luta contra o próprio Palmeiras pela Copa do Brasil.



Só tem gênio.

Timão na Libertadores - A Estréia

Infelizmente não pude acompanhar a aguardada estréia do Corinthians na Libertadores do Centenário. Reuniões me tomaram o tempo que seria dedicado para acompanhar a peleja.

Felizmente eu conto hoje em dia com um braço direito que não me deixa chutar a bola pro mato. Um braço direito feminino – e corintiano – o mesmo braço direito que hoje cria e estampa no Ferozes FC as colunas mais quentes do mundo musical. Deixo com vocês, as impressões e reflexões corintianas de Karen Bachega:





Timão na Libertadores - A Estréia

A estréia do Corinthians na Libertadores foi marcada pela ansiedade que cerca este tão almejado título. Desde Julho do ano passado, após a classificação do Timão, não se fala em outra coisa que não seja "ganhar a Libertadores". Ainda mais no ano do centenário e após investimento pesado no elenco. Eis um troféu que faz falta na parede do Parque São Jorge.

Sobre o jogo ontem, aqui vai meu olhar de torcedora sofredora:

Vi um time tenso, ansioso e desorientado no meio da fumaça dos fogos de artifício. Resultado: tomou gol em 1 minuto. Claro que isso tinha que acontecer, pois o torcedor corintiano tem que sofrer, como sempre.

Primeiro tempo, o Racing ditou as regras e o Timão só acompanhou o ritmo ditado pelo adversário, que fechava a sua grande área, até Elias, aos 11 minutos, marcar um golaço, que me provocou um certo alívio.

Roberto Carlos, a tal grande contratação, o que fez? Dois cruzamentos razoáveis.

Alessandro, nunca gritei tanto com ele na minha vida. Jorge Henrique, o meu preferido atualmente, apagado pela defesa truculenta do Racing. Final de primeiro tempo, 1 x 1, eu decepcionada. Segundo tempo, o nosso time parecia mais tranqüilo, mas chegar ao gol pelo meio era impossível, tanto que todas as belas jogadas foram pelas laterais, (parecia que só o Mano não percebia isso), o Racing continuava com sua defesa fechada, mas também não ultrapassou muitas vezes o meio do campo.

Em meio a tantas tentativas, e alguns lances com arte de Ronaldo, mais um gol dele, o nome do jogo, Elias (acho que acordou para voltar a jogar como no Paulista do ano passado).


Foto: Eduardo Vianna (Lancenet)

O Corinthians tem time para ganhar a Libertadores? Eu acho que sim. Acho que o Corinthians e o Flamengo são os favoritos, e o Corinthians tem uma vantagem, já que seus carrascos de outras edições não disputam a atual – Palmeiras e River Plate. Porém, isso não quer dizer muita coisa, ainda mais neste campeonato onde nem sempre o melhor ganha, mas geralmente o que tem a melhor “cabeça”.

Elenco, vontade e torcida, não falta. Falta talvez um pouco de experiência em Libertadores, tranqüilidade e entrosamento para o Timão fazer bonito e trazer para casa o único título que não conquistou, AINDA.

Libertadores quae sera tamem

23 de fev. de 2010

Nostradamus nada. Profecias realizadas é coisa dos Trapalhões.

Essa eu fiquei sabendo ontem no programa Bate Bola do canal ESPN Brasil e é sensacional.
Em 1989 Os Trapalhões lançaram um de seus tantos filmes ao lado da dita Rainha dos Baixinhos - “A Princesa Xuxa e os Trapalhões”.

O filme se passa no futuro e ao final de uma de suas cenas, uma verdadeira profecia é anunciada. Nela, um garoto encontra uma espécie de adesivo onde está escrito: “Botafogo – Campeão 2010.

Na ocasião, o filme quis brincar com a fila pela qual o Botafogo vinha passando. Curiosamente naquele ano o Fogão acabou levando o Campeonato Carioca. E agora, mais de 20 anos depois, eis que a profecia é realizada com a conquista da Taça Guanabara, no último domingo, pelo Botafogo. Veja:


Para que Nostradamus quando se tem Os Trapalhões?

Intervalo Musical – Florence and the Machine

Florence Leontine Mary Welch, nascida em Londres no dia 28 de agosto de 1987, compositora, vocalista e percussionista. Musa ruiva cheia de personalidade que não tem nada de frágil ou doce.


Esta é Florence, a mais do que premiada e elogiada pela imprensa e pelos críticos, ‘frontwoman’ do “The Machine”, banda que a acompanha, composta por: Robert Ackroyd (guitarra), Christopher Lloyd Hayden (bateria), Isabella Summers (teclado) e Tom Monger (harpa).

Ela já declarou que: "na infância não parava de cantar"; "cresceu ouvindo Velvet Underground"; "o seu tema preferido é a culpa"; "deseja que sua música desperte sentimentos fortes em quem a ouça, como a sensação de atirar-se de um edifício ou de ser capturado para as profundezas do oceano sem qualquer chance de prender a respiração". Parece presunçosa em sua declaração, mas é o tipo de sensação que se tem ao ter contato com suas músicas, que misturam melodias fortes, letras poéticas e um vocal delicioso.


Em Julho de 2009 lançou pela Island Records seu disco de estréia, “Lungs”

Que só não emplacou o 1º lugar nas paradas do Reino Unido, por um simples motivo, esta posição era do Michael Jackson, que havia deixado este mundo recentemente.

Difícil mesmo é definir um estilo para esta artista devido a imensa mistura de gêneros em suas criações. Não dá para negar que tem suas bases ‘rockeiras’ explícita na faixa “Kiss With a Fist”, mas podemos encontrar folk, soul e blues entre suas músicas. Inserções eletrônicas só enriquecem as faixas “Rabbit Heart (Raise It Up)”, “Girl With One Eye” e “Hurricane Drunk”. Banjo e harpa em “Dog Days are Over” e o piano em “Howl“, personificam o disco. Pop dançante com bateria e percussão bem marcados são claros nas canções. Tudo isso e mais um pouco, torna o Lungs um disco que faz justiça ao nome (pulmões em português), pois remete a algo vital, que vai além de entretenimento.

O nosso amigo Angelo Malka, inclui este disco no seu TOP 5 de 2009, aqui no Ferozes F.C. em 15/12/2009 (http://ferozesfc.blogspot.com/2009/12/top-5-discos-ferozes-2009.html), e foi através desta indicação que conheci.

Todas as vezes que leio algo sobre esta menina prodígio de 22 anos, é só elogios, e sempre comparações ou associações à grandes estrelas como PJ Harvey, Kate Nash, Fiona Apple, Cat Power, Kate Bush, Bjork, Bat for Lashes. Tem que ter talento para tal façanha, ainda mais tão jovem.

Hoje foi muito difícil escolher, pois as músicas são muito diferentes, e não da para ter noção do que é o Lungs ouvindo somente 1 música. Aconselho a ouvir o disco inteiro.

DJ, toca esta por gentileza.


22 de fev. de 2010

Intervalo Musical – A Voz do Brasil - Inverness

Novidade na área.
Além de nossa coluna que voltará a ser semanal, todas as terças, agora também teremos um espaço dedicado aos projetos musicais independentes nacionais, afinal, a internet, este poderoso veículo de comunicação está aqui para nos ajudar, e tenho certeza que muita coisa boa vai aparecer por aqui.

Se você tem uma banda, um projeto solo, é DJ, enfim, se você gosta de música de verdade e tem algo para mostrar, este espaço foi criado para você, brasileiro independente.

E em nossa grandiosa estréia, algo que realmente recomendo (é só prestar atenção nas influências da banda).

INVERNESS
(por Flávio Fraschetti)

Há quatro anos, Inverness era apenas um sonho de Lucas (guitarra e vocal) enquanto estudava na Filadélfia, Estados Unidos. De volta a São Paulo percebeu que precisava encontrar parceiros para colocar essas idéias em prática.

Começou a buscar outros músicos que se interessassem pelos mesmos sons: no reencontro com o amigo de infância Márcio (bateria) falou de seus projetos e a banda começou a tomar forma. Ao mesmo tempo, conheceu os ex-integrantes da banda Cagedream, Mateus (guitarra e vocal) e Flávio (baixo, guitarra).

Depois de muito papo e alguns ensaios estava concretizado o projeto Inverness, banda de rock paulistana que compõe exclusivamente em inglês e cujo som traz influências de Animal Collective, My Bloody Valentine, Radiohead e Spiritualized, experimentando ao mesmo tempo com as estruturas da música pop e com os timbres e possibilidades de seus instrumentos.

A banda se apresenta nesta terça-feira no Na Mata Café. O show traz novidades no set list e inaugura no palco algumas músicas do segundo álbum, intitulado "Somewhere I Can Hear My Heart Beating", que será lançado em breve!

O show começa às 21:00,
Na Rua Na Mata, 70 - Itaim Bibi.

Mais em: http://www.namata.com.br/

Saiba mais sobre a banda em: www.invernessmusic.net .

bjao!!
Frá.

Mande sua apresentação, divulgue seu show, coloque a boca no trombone, enviando e-mail para os Ferozes F.C.: kbachega@gmail.com ou jptozo@yahoo.com.br

DJ, toca esta por gentileza.


Chazinho de Coca - Antônio Carlos arredonda a roda que Muricy deixou quadrada e o Palmeiras volta a vencer. E convencer.


Segundo o jornal LANCE!, Muricy Ramalho ligou para os dirigentes são paulinos antes do clássico de ontem no Palestra e fez um apelo:

– Temos de ganhar esse jogo de qualquer jeito.

Temos quem, cara pálida? Temos quem, Deus Todo Poderoso detentor de toda a moralidade existente no futebol? Temos quem, Senhor Sem Medo de P**** nenhuma?

O futebol mostra-se mais uma vez prodígio em apresentar ao mundo figuras que transitam pelos opostos do dia para noite. Muricy é a minha mais nova decepção. Era até ontem, apenas técnica. Desde ontem, passou a ser moral.

O grande temor de Muricy era que Antônio Carlos redescobrisse a roda que o próprio ex técnico tornou quadrada. O que de fato ocorreu.

O mesmo time que Muricy cravou ao sair que não tem condição de disputar nada, não só venceu ontem o São Paulo, como jogou melhor que o adversário e infinitamente melhor do que (não) vinha jogando sob seu “comando”.

É muita derrota para um cara que se auto proclama “bom demais”.

Antônio Carlos simplesmente não inventou. Diego Souza é meia. Wendell é lateral direito. Armero não está bem, joga o Eduardo que atua pelos dois lados e que ontem jogou muito. Robert precisa de apoio no ataque? Então o Lenny lhe faz companhia. Marquinhos, que nem no banco vinha ficando, voltou a ganhar oportunidade.

A bola área que Muricy não soube fazer funcionar em 7 meses, decidiu o clássico depois de apenas dois treinamentos com Antônio Carlos.

O Palmeiras agrediu. Produziu e agrediu. Não a toa Rogério Ceni foi o melhor do time tricolor.

Foi sem inventar que o Palmeiras redescobriu seu jogo. Redescobriu que pode sim fazer frente aos grandes rivais.

Foi sem inventar e sem jogar para torcida, que Antônio Carlos teve o nome gritado por ela durante e ao final do jogo.

Foto de Eduardo Viana para o L!


Ainda é cedo para cravar que Antônio Carlos já vingou. Mas de saída, já fez mais do que Muricy vinha fazendo.

Reforços precisam chegar. Mas ainda assim, com os ovos que lá estão, Tonhão já fez uma bela omelete.

O jogo teve um 1º tempo de muita pegada, muita movimentação, mas poucas chances de gol. O Tricolor buscava jogadas pela esquerda, onde Jorge Wagner era o mais acionado. O Verdão, que voltou a jogar com dois volantes, abdicou dos chuveirinhos e trabalhou a bola com os meias.

O calor colaborou para melhorar o jogo no 2º tempo. Com os jogadores sentindo o cansaço, os espaços começaram a aparecer. Mais ainda depois da discutível expulsão de Xandão. Não foi um lance acintoso, mas Eduardo partia em velocidade e em direção ao gol. Xandão já tinha amarelo e pela falta recebeu o 2º.

Mais tarde, em jogada semelhante, mas no meio campo, Pierre também foi amarelado.

Fato é que o Palmeiras passou a dominar o jogo e então os cruzamentos passaram a ser mais utilizados – com eficácia.

Aos 20 minutos Antônio Carlos trouxe Marquinhos de volta aos holofotes. Aos 22 o meia cobrou escanteio no 1º pau, na cabeça de Robert, que ampliou.

O São Paulo chega ao 3º clássico no ano, com a 3ª derrota. (Portuguesa, Santos e Palmeiras).

Ricardo Gomes parece também ser adepto das invenções. A linha de 4 com Hernanes, Jean, Cleber Santana e Cicinho, apesar de esbanjar qualidade técnica quando ataca, não marca nem a própria sombra. A bola sempre estoura na zaga. O lance da expulsão de Xandão é uma clara amostra dessa falha tática.

É bom Ricardo Gomes abrir os olhos. Muricy Ramalho está dando sopa e faz questão de evidenciar isso com seus telefonemas pertinentes.

Acompanhe os melhores momentos do Choque-Rei:



Despeço-me do feroz camarada que por aqui passa com um clássico oitentista - Human League - Don't You Want Me.

Cheers,

19 de fev. de 2010

Chazinho de Coca - Muricy Ramalho é passado. Antônio Carlos é aposta.

Sai Muricy Ramalho e entra Antônio Carlos Zago. Esse é o cenário no comando técnico do Palmeiras.

Para um desavisado, o panorama chega a assustar. Muricy, tricampeão brasileiro. Antônio Carlos, assumiu um clube de futebol pela 1ª vez há alguns meses.

Aos mais atentos, a queda de Muricy pode fazer sentido. A chegada de Antônio Carlos ainda precisa ser melhor digerida mesmo por esses.

Quando todos queriam a permanência de Jorginho no comando do time, eu fui dos poucos a ir a favor da chegada de Muriça. Por isso chega a me incomodar o insucesso do treinador no comando verde. Gosto do sujeito, gosto da figura “Muriçoquiana”. Grosserias a parte, ele transparece autenticidade. Coisa rara em um futebol onde cada vez mais se vê máscaras sobre máscaras, puxa-saquismos, morde e assopra. Ele que veio exatamente para substituir um cara que é a personificação do egocentrismo, do “eu ganho, nós empatamos, vocês perderam”. Muricy deixa o clube com aprovação de grande parte da torcida. Certamente é pela pessoa, não pelos resultados.

Mas Muricy falhou. N foram as razões para isso, dentre elas, o próprio Muricy. 46 pontos ganhos de 96 disputados é uma média baixissima, convenhamos.

Toda a mídia esportiva já debateu, rebateu, se abateu acerca de todas essas razões e não vou ficar aqui sendo redundante nesse aspecto. Mas é preponderante que se aponte que Muriça naufragou com um time que vinha traçando um caminho vitorioso nas mãos de outros(s).

Antônio Carlos é figura emblemática na história alviverde. Entre 1993 e 1995, como capitão e ótimo zagueiro central que foi, sagrou-se Bicampeão Paulista, Bicampeão Brasileiro e de um Rio/SP pelo clube. Conhece os meandros desse clube. Sabe que está se metendo em um caldeirão que explode mesmo quando tudo está aparentemente bem. E sabe que está chegando em um momento de extrema turbulência.


Mas Antônio Carlos é uma aposta. Sua contratação vai na contramão de tudo o que essa diretoria vinha fazendo, sempre colocando no comando do time, técnicos de ponta, os mais caros do mercado. Só que esses falharam e as opções não são muitas, a aposta pode ser válida.


Para se ter uma idéia, somente com rescisões contratuais com Luxemburgo e Muricy, o Palmeiras desembolsou 1,5 milhões com Luxa e aproximanadamente 2,5 milhões com Muriça. E dinheiro pra trazer jogadores eles dizem não ter. Sâo gênios administrativos, como se pode ver.

Entretanto, para que seja válida a aposta em Antônio Carlos, esses mesmos que falharam feio na remontagem do time pedida por Muricy e que, ao contrário do técnico, lá permaneceram em seus cargos, precisarão mostrar que estão lá para servir ao clube, servir a torcida, precisam contratar jogadores. O time que lá está, não vingará plenamente seja com Antônio Carlos, seja o Fergusson, seja o Felipão. Como na foi com o Muricy.

Como apaixonado pelo esporte mais legal do mundo, torço para que Muricy reencontre seu rumo. É uma figura que só faz o bem ao esporte. Como portador de um coração verde, espero que o regresso desse antigo ídolo possa ser prenúncio de dias melhores. Que ao menos ele traga a aura daqueles bons tempos e resgate a essência desse time que empalideceu o seu esplendor verde.

Cheers,

18 de fev. de 2010

Via Popload - KASABIAN, FUTEBOL E ROCK’N'ROLL/ LIAM, O ÚLTIMO ROCK STAR VIVO

A pegada aqui é futebol e boa música. Lúcio Ribeiro fez mais uma bela tabelinha, entre essas duas vertentes que vivem se cruzando, em seu Popload. Dessa vez a jogada gira em torno da ação promocional da Umbro acerca da nova 2ª camisa do English Team (lindíssima), com participação marota do Kasabian.

Inglaterra que apesar do escândalo Terry, ainda é a minha favorita, ao lado da Espanha, a conquista da Copa desse ano. O Brasil vem lado a lado, mas perde terreno devido a presença do técnico inventado pela CBF e suas convicções nada convincentes.

A tabelinha trazida pelo Lúcio é merecedora de uma conclusão a gol aqui no Ferozes FC. Reproduzo abaixo a coluna:

KASABIAN, FUTEBOL E ROCK’N'ROLL - Da série “futebol é pop”. De vez em quando até os publicitários têm idéias boas (errr). Principalmente os ingleses. Dona do futebol mais bacana do planeta e provavelmente da música pop também, a Inglaterra assistiu nos últimos dias o lançamento de uma das camisas da seleção local, para jogos “fora de casa”, no campo do “inimigo”. Para tal, a marca Umbro filmou parte do show da inglesíssima Kasabian em um show em Paris, terreno mais “inimigo” para os ingleses no planeta. Não no rock, mas sim no futebol, mas ainda assim… Sem muito aviso nem nenhuma explicação extra, o trecho do show que virou propaganda de TV e cinema é deste jeito: show do Kasabian no Olympia Theatre, em Paris. A banda deixa o palco ovacionada, para voltar depois para o bis. O vocalista do Kasabian chega ao camarim, tira sua camisa suada e bota a vermelha da seleção inglesa, a nova. Deixa a banda voltar ao palco e entra por último, quando a vibe está nas alturas. De vermelho, com a “away shirt” do English Team, o cantor abre os braços como um deus e faz o gesto típico da provocação, como se estivesse chamando a platéia francesa para o pau. O teatro vaia o cara e ele provoca ainda mais. Aí a banda começa o bis, com a fantástica “Fire”, e fica tudo certo. Assim:


E ainda do Popload, notinha musical/escândalo/treta/sensacional/gallaghers style de uma das maiores bandas de todos os tempos. Top 5 na cabeceira desse que vos escreve:

LIAM, O ÚLTIMO ROCK STAR VIVO - Quem ainda liga para o Oasis, que nem existe mais, já foi uma banda essencial e havia muito tempo vivia do próprio nome? Muita gente. Inclusive as premiações britânicas. Além de estar envolvida em mais ou menos dez categorias do NME Awards, que acontece no final deste mês, a finada banda dos irmãos Gallagher foi um dos assuntos mais comentados no Brit Awards desta terça-feira. O Brits é considerado o evento mais importante da música britânica.

Em sua edição número 30, o evento bolou algumas categorias especiais, tipo “Melhor Álbum dos Últimos 30 anos”, no qual o Oasis concorria com o superpremiado “What’s The Story Morning Glory”, um dos álbuns mais vendidos da história do rock.

Acontece que a organização do Brits apostava numa possível reconciliação entre Liam e Noel, que não se falam desde agosto do ano passado, quando a banda acabou minutos antes de subir ao palco em Paris, no festival Rock En Seine.

Noel não apareceu, mas Liam foi lá para “representar”. O Oasis acabou vencendo a disputa e Liam, solitário, subiu ao palco, creditou o prêmio aos fãs e aos antigos membros Bonehead, Guigsy e Alan White. Mas não mencionou o brother Noel.

Em seguida, o garoto-problema do britpop arremessou o microfone para a galera e esnobou o troféu, dando-o para um fã, que estava na plateia, saindo do palco todo indiferente, para perplexidade geral dos presentes e do Noddy Holder, do Slade, responsável pela entrega do prêmio.

O humorista Peter Kay, apresentador do evento, soltou um “knobhead” (”otário”, para não alongarmos o papo) logo na saída de Liam, que pelo jeito não ouviu. Horas mais tarde, Noel foi encontrado em uma festinha dada pelo Kasabian e zoou a atitude do irmão.

Hoje pela manhã, o troféu que o Liam não quis já estava dando sopa no E-Bay, mas os proprietários do site retiraram o leilão do ar. Via Twitter, Liam se manifestou sobre o comentário feito por Peter Kay e disse: “Listen up fat fuck as a real northerner I was brought up 2 say shit 2 people’s faces not behind their back”.

Resumindo: o Oasis ainda causa.


Depois apareceu um vídeo do Liam no backstage da premiação, sendo entrevistado por duas repórteres, uma loira e uma morena. Falou um monte de uma coisa que dá para entender 15% se você estudou inglês por alguns anos com punks nas ruas da periferia de Manchester, abraçou as duas repórteres e perguntou para elas, ali ao vivo, cadê as “drogas classe A”. Nice!


Fonte:
http://colunistas.ig.com.br/lucioribeiro/2010/02/17/kasabian-e-o-futebol-vampire-weekend-e-o-carnaval-rodrigo-santoro-e-o-futuro-de-lost-sebastian-bach-e-voce-o-liam-e-as-premiacoes/

Cheers,

Chazinho de Coca - Apatia palmeirense é "coisa do futebol"?

@MauroCezarESPN "O que fez o Palmeiras hoje merece uma explicação. Não dá para encarar os 1-4 São Caetano como "coisa do futebol"

O Mauro Cezar sintetizou em menos de 144 caracteres a realidade após a vexatória goleada sofrida pelo Palmeiras. Simplesmente não dá para fingir que isso foi um resultado normal. O que é que está anormal eu não sei, ele não deve saber também. Mas alguém precisa saber e esse alguém precisa agir rápido, pra ontem.

Domingo o massacrado Palmeiras recebe o São Paulo no mesmo Palestra Itália. Se repetir o futebol (ou a falta dele) de ontem, toma de 8X1.

Ao longo da transmissão de ontem na Rádio Bandeirantes, Mauro Beting disse que o Palmeiras atuava como se tivesse 11 Armeros. Como se vê, o pobre lateral esquerdo já virou sinônimo de apatia. Só que dessa vez ele não estava lá, então a culpa do início de ano ruim será só dele?

Sou fã do Muricy. Acho que ele tem um perfil que deveria ter dado uma liga incrível com o Palmeiras, mas até agora não deu em nada. Ele desmantelou o time líder do BR09 e agora não mostra variação tática alguma nas partidas.

O time e ruim? O elenco pode até ser, o time não é. Marcos, Figueroa, Danilo, Leo, Edinho, Pierre, Cleiton Xavier, Diego Souza. É um time ruim? A ponto de tomar de 4 do São Caetano? Claro que não é.

Como que pode um time que joga com 2 volantes e 3 zagueiros ser colocado na roda? Não há explicação plausível para tal situação.

Após a partida, Muriça disse que o time não jogou nada e que nem adiantava cobrar o elenco. Mas como assim não adiantava cobrar o elenco? Vai cobrar quem, eu? Você? O Mauro Cezar ou o Mauro Beting? A Culpa é sempre da imprensa, nunca dele? Nunca do time?

O Universo tá vendo o quanto me dói criticar o cara em que eu tanto apostei que fosse vingar no time. Mas não esta dando para segurar a bronca Muriçoquiana. A de alguns jogadores também não.
Boicote ao técnico? Racha entre Cipullo e Muricy? Não sei o que ocorre, mas sei o que pode vir a ocorrer com esse cenário apresentado. Talvez já esteja na hora de pensar em salvar o 2º semestre, onde o time com essa bola que tá jogando, briga para não cair no BR10. Paulistão? Acho que já foi. Copa do Brasil? Ainda há tempo para tentar algo, mas esse algo precisa ser bem drástico.



Esquecendo agora um pouco o cenário de pouco futebol do time, vou resgatar aqui algumas lembranças, umas boas, outras ruins: Estamos em ano de Copa. O torcedor alviverde se lembra como foram os dois últimos anos de Copa para o Palmeiras? 2002 rebaixamento. 2006, salvo de novo rebaixamento na penúltima rodada.

Todavia, prefiro terminar o post com lembranças boas, também de anos de Copa: 1994, Palmeiras bicampeão brasileiro, bicampeão paulista e campeão do rio-sp. 1998, Palmeiras campeão da Copa do Brasil e campeão da Mercosul.

Coragem, alviverdes.
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Despeço-me do entristecido, mas esperançoso torcedor verde e também de todos os outros nobres ferozes que nos acompanham, com um som agradabilíssimo da banda de Zooey Deschannel: She&Him – This Is Not A Test

Cheers,

17 de fev. de 2010

Chazinho de Coca - 2010 começa hoje.

Dizem que o ano começa após o carnaval. Se assim for, é hoje que as amarras com 2009 devem ser desfeitas de vez. As arestas acertadas. Os erros corrigidos. Os vacilos absorvidos.

Para o Palmeiras, mais do que para qualquer outro clube, essa deve ser a máxima a partir dessa quarta-feira, 17 de fevereiro já de 2010.

O Verdão começou 2010 como terminou 2009, num enorme descompasso. Como no ano passado, o Palmeiras começa 2010 errando ao tentar acertar.

De um cenário que parecia fadado ao sucesso com as contratações de Muricy Ramalho, Vagner Love e a manutenção de seus principais jogadores, o time de Palestra Itália viu todo esse planejamento ruir.

Sem o título brasileiro, sem a Libertadores, sem alguns jogadores que saíram e sem boa parte do aporte financeiro que teria direito caso tivesse tido êxito em alguma dessas derrotas, 2010 começou com a diretoria puxando o freio de mão, mas ainda assim, prometendo um time forte – Kleber, Valdívia, Torres, Velazquez, dentre outros nomes que estiveram em pauta, mas não chegaram. Além da novela Ewerthon que se arrasta a mais de mês.

Não adianta também montar um novo elenco a base de jogadores medianos ou de pouca expressão. A grana no Palmeiras está curta e esse tipo de montagem de elenco só incharia o plantel, mas o mantendo murcho em qualidade.

Pode parecer chacota com o entristecido torcedor palmeirense, mas dá para enxergar virtudes nessas novelas protagonizadas pela diretoria verde e seus pretensos reforços.
Ewerthon chegando, chega para jogar, pelo menos em tese. Como provavelmente será Lincoln.

Valdívia, por mais que tentem desmentir, continua sim em pauta e só não chegou ainda porque seu clube faz jogo duro.

Então se trata sim de uma questão de paciência, embora essa já não faça mais parte do repertório do torcedor do Palmeiras. Mas a tendência, embora hoje ela pareça distante, é que o time venha a ficar forte. Entretanto, ao contrário de Corinthians, com seu milionário patrocínio a base de centenário, de Ronaldo e de uma camisa “outdoor” e de São Paulo, com a sua tradição de ir sempre bem em Libertadores e sua incrível capacidade de trazer bons jogadores sem dispor de grandes cifras, o Palmeiras luta contra tudo isso, além da dificuldade financeira.

Tecnicamente esse time já deveria apresentar um futebol melhor, sobretudo num Campeonato Paulista onde a discrepância entre grandes e pequenos é cada vez mais evidente, e também nesse início de Copa do Brasil, contra adversários sem nenhuma expressão. Mas aí já são outros quinhentos e é um tipo de cornetagem que se aplicará a análises das partidas.
Partidas como a de hoje, diante do São Caetano, no Palestra Itália. Se 2009 precisa ser enterrado e apagado da história do Palmeiras, a 1ª pá de terra deve ser jogada hoje. E que 2010 seja, enfim, um novo ano para o Verdão.
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O carnaval se foi, o ano “começa”, mas o petardo musical que me acompanha na feitura desse post é ainda de 2009: Phoenix - Love Like a Sunset, Pt. 1

Cheers,

11 de fev. de 2010

Chazinho de Coca - As vitórias de Verdão e Tricolor.

Lamentavelmente não pude acompanhar as pelejas de ontem envolvendo os clubes paulistas – Palmeiras e São Paulo.

Da estréia do Palmeiras na Copa do BRasil cheguei a acompanhar o 1º tempo. Suficiente para me mostrar mais uma vez que a omissão de Robert pode custar caro a esse time de Muricy. Mais uma vez o time trabalhou bem a bola, e buscou equilibrar as jogadas, as vezes pelas laterais, as vezes pelo meio. Pelas laterais a coisa não vai funcionar enquanto não existir atacante que aproveite as boas assistências de Figueroa. Pelo meio a dependência recai toda sobre Cleiton Xavier e Diego Souza, mais uma vez o salvador da pátria.

A chegada de Lincoln vai dar um belo desafogo aos dois. Enquanto isso, Muricy reza para que Ewerthon e Velazquez - que já saiu marcando gols pelo Libertad na Libertadores - cheguem. Assim ele terá finalmente um time, não exatamente um elenco.



O São Paulo venceu o Monterey por 2x1 com gols de Washington.

Podem cornetar o cara quanto for, mas o bichão tem estrela em Libertadores. Entretanto o artilheiro são paulino já convive com a sombra cada vez mais presente de Fernandão, que só não chegou ainda ao Morumba porque a diteroria são paulina não quer ceder os 4 jogadores solicitados pelo Goiás. Mas a coisa deve acontecer. E rolando, Washignton deve encarar um banquinho de leve. O que já gerou estresse entre ele e comissão técnica na temporada passada.

Cicinho entrou no decorrer da partida. Daí eu paro pra pensar que essa conversa de rodízio para preservar jogadores é conversa pra boi dormir. Pombas, se existe sempre uma reclamação, na minha opinião descabida, de excesso de jogos e de alta exposição de jogadores, o que justifica a participação de Cicinho no jogo, após longa viagem de Roma até São Paulo? Além da “desgastante” viagem, o cara praticamente não vinha sendo aproveitado pelo clube romano, o que tornou seu aproveitamento já no jogo de ontem uma temeridade tremenda. Isso dentro da ótica dos que reclamam da falta de tempo para preparação dos atletas.

Enfim, sintam-se a vontade para comentar os jogos, cornetem e elogiem quem quiser.

Despeço da feroz realeza ao som do Radiohead - Punch Up At A Wedding

Cheers,

8 de fev. de 2010

Chazinho - Santos é sensação. Mas de sensação a campeão existe um longo caminho.

Estamos na 7ª rodada do Paulistão 2010 e de time desacreditado, o Santos passou a ser a sensação desse início de temporada.

Dorival Jr. começa a mostrar mais um excelente trabalho e tem baseado o esquema tático santista no talento de Neymar e PH Ganso. É um time que joga para explorar a velocidade dessa rapaziada boa de bola e que agora conta com o “tiozinho” Robinho.

O clássico “san-são” de ontem deu uma amostragem do que pode fazer esse time ao longo da temporada. Uma longa temporada, aliás. Longa o suficiente para que a empolgação com esse time tenha de ter certas reticências.

Voltemos a 7ª rodada do Paulistão de 2009.

Qual era o cenário? Palmeiras líder com 7 vitórias e 7 jogos.

O artilheiro e destaque do campeonato? Keirrison.

Classificado com sobras para as semifinais, o líder Palmeiras pegou o 4º colocado e inconstante Santos, da jovem revelação Neymar. O Peixe venceu as duas partidas e fez a final contra o Corinthians.

Keirrison foi para a Europa algum tempo depois e desde então não acontece nada em sua carreira.

Início de temporada não serve para apontar nada quando se faz prognósticos para o ano todo. Todos os grandes clubes ainda estão em “pré-temporada”, só que em plena atividade. Por isso toda ressalva é justificável com esse jovem e, por enquanto, “apenas” promissor Santos. Mas que deu gosto ver o futebol praticado pela molecada e pelo “tio” Robinho, deu.


Cheers,

5 de fev. de 2010

Chazinho de Coca - O Perdão de Pablo Armero

Ontem o Palmeiras só empatou com a Lusa, debaixo de muita chuva, no Palestra Itália. Ao final, o placar de 1X1 acabou sendo justo pelo que foi o jogo. Na 1ª etapa a Lusa encontrou um Palmeiras entregue, com verdadeiros rombos em sua retaguarda e chegou a abertura do placar. Na 2ª etapa Muricy acertou a marcação, o time trabalhou bem as jogadas. Daquele jeito que todo mundo já sabe. A bola rola fácil até os meias ou até os laterais, daí pra frente a coisa praticamente inexiste. Robert é muito boa opção – de banco, só de banco – e acaba ai o ataque verde.

O gol saiu dos pés do ótimo zagueiro Danilo, que há tempos vem sendo o melhor “atacante” do time.

A dura vida de Muricy deverá receber um bom alívio nos próximos dias. O atacante Ewerthon e o meia Lincoln já estão apalavrados com o Verdão e só aguardam suas liberações. O artilheiro paraguaio de 2009, o jovem Pablo Velázquez, de 22 anos, está perto de ser contratado também, via Traffic.

Mas na verdade hoje quero falar sobre uma questão mais humana. Quero falar sobre Pablo Armero.

Lateral esquerdo titular da seleção colombiana, chegou ao Palmeiras via Traffic, como uma das grandes apostas da parceria. Logo de cara empolgou com seu futebol de velocidade, característico do futebol do seu país.

Sua presença no time trouxe à memória do torcedor as passagens de outros colombianos de sucesso no time, como Rincón e Asprilla.

Armero fez ótimo Paulistão em 2009, sendo eleito o dono da posição na seleção do campeonato.

A partir daí, porém, a impressão é que o colombiano acomodou-se. Seu futebol murchou, os erros passaram a ser frequentes e muitas vezes davam a impressão de algo inconseqüente. De seus pés começaram a surgir erros que resultavam em gols dos adversários. Armero parecia não pensar muito no que fazia. Passes de 2 metros passaram a ser um martírio para se acertar. Os cruzamentos paravam sempre na arquibancada.

A paciência de todo mundo começou a rarear com o lateral esquerdo. Eu mesmo muitas vezes o cornetei aqui, dizendo que não havia por parte dele o domínio de um único fundamento necessário para se jogar futebol. Na verdade, a impressão era essa mesmo. Mas como pode, se até meados de 2009 ele era apontado como o melhor lateral esquerdo do país?

No BR 09 o Palmeiras naufragou. A curva verde foi descendente, assim como a de Armero. Parece até resultado uma da outra. É, também, mas não apenas isso, claro.

2010 começou e o Palmeiras voltou a apresentar a irregularidade do fim da temporada. Armero voltou a mostrar algo que eu não sei dizer se é incompetência ou inconseqüência, mas que é algo que mina qualquer tipo de paciência.

A da torcida acabou. A de alguns companheiros de equipe também. A crônica faz o seu papel e aponta os erros constantes, mas também não faz questão de se lembrar que ela própria o alçou a condição de bom lateral em 2009.

Nesse tsunami de críticas ao jogador, quase todo mundo se esqueceu do homem. Eu inclusive.

Ao ser substituído, ainda no 1º tempo do clássico de domingo, por um jogador que nem é da posição, Armero não reclamou, não fez cara feia, não agiu como tantos canelas duras (muito mais duras do que as suas – que nem sempre foram duras) agem quando acham que são mal substituídos. Armero chorou o choro de um homem, não de um jogador. Silencioso, no seu canto, sem dar na telha, contendo as lágrimas com a sua toalha. Um choro só notado pela tristeza estampada em seu olhar.

Foi um duro golpe pra mim, assumo. De corneta fervoroso do lateral, passei ali a ser um torcedor do homem chamado Armero. Torcedor para que o sucesso do homem, leve o atleta a recuperar a sua essência, que por conseqüência irá trazer de volta o bom lateral que o alviverde perdeu. Torço para que ele não me dê mais motivos para criticar o jogador. Torço por ele, como torço por homens de fibra, que não abaixam a cabeça nos momentos de dificuldade.

Ontem ele estava lá outra vez, na sua lateral esquerda que tem sido tão cheia de obstáculos ultimamente. Mais uma vez ele errou, e feio. De seu erro saiu o gol adversário. Mais uma vez ele seguiu adiante. Fez até um bom 2º tempo, mas não apagou mais essa má jornada.

Ao final Armero concedeu entrevistas. Deu os dois lados da face a “tapa público”. Sem esconder a própria frustração com o trabalho desempenhado, Armero pediu perdão ao torcedor palmeirense. E enquanto se desculpava pelo “crime” de suas más jornadas, alguns torcedores o xingavam ao fundo.

Terminada a entrevista, Armero foi até eles e, gesticulando alguns sinais, pediu perdão - como quem houvera praticado um crime sem intenção - para aquele grupo de torcedores.

Prontamente o xingamento cessou e em seu lugar, os mesmos detratores voltaram a ser torcedores, não só do Palmeiras, mas do Armero, do lateral esquerdo do seu time.

E Armero foi para o vestiário, tendo seu nome gritado pelos mesmos que o xingavam. Um belo momento para o homem. Que sirva de motivação para a sua recuperação.

Do Populacho! - Superstição?!


Jogando com o novo uniforme 3 (preto com um cruz roxa grande e centralizada na frente) o Corinthians sofre a primeira derrota no Paulistão deste ano, e após 28 jogos nesta competição. Segundo o treinador (e o que dizer nesta hora?) nenhum time pode se manter invicto por tanto tempo.

O fato é que a torcida não “curtiu” muito a tal camisa, e, supersticiosos como a maioria de nós brasileiros, a derrota foi automaticamente ligada à ela. Quando digo que a maioria de nós é supersticiosa, e o leitor deve a esta altura estar tentando lembrar-se da última vez em que fez uma mandingazinha, não?

A superstição é uma crença popular, sem base científica alguma, mas nos leva a recorrer aos mais estranhos tipos de comportamento. Alguns exemplos:

Não gritar gol antes de a bola entrar! – para a torcida, aquele que grita gol faz, automática e deliberadamente, com que alguma energia se desprenda e altere a trajetória normal da bola, que iria parar na rede, fazendo com que bata na trave ou esbarre no goleiro, que com toda certeza não chegaria na bola se alguém não tivesse gritado GOL!, mas “huuuuu” pode;

Assistir a jogos sempre com a mesma camisa! – o fato de não estar com a mesma camisa pode fazer com que alguma energia se desprenda e impeça o time de atuar da mesma forma daquela última vez em que o torcedor usou a camisa e venceu;

Assistir a jogos sempre no mesmo lugar! – se o cidadão assistiu a um jogo importante em algum bar, restaurante, motel, etc., e seu time venceu certamente ele voltará naquele mesmo lugar, caso contrário pode fazer com que alguma energia se desprenda e o time perca o título;

E assim em diante. O fato é que a superstição se voltou contra a nova camisa 3 do Timão, aquela da cruz. Ora, em sua estréia a camisa já trouxe “mal-agouro”! Será que será aposentada? Uma coisa é certa: a torcida tem arrepios só de pensar no time usando essa malfadada camisa em jogos da Copa Libertadores. Acho que vão preferir as clássicas, talvez elas não façam o time entrar em campo com 5 titulares apenas!

Fonte: www.globo.com

No entanto circula na internet a camisa comemorativa para o centenário, que por sinal é realmente bonita. Não sei se dará sorte, também não sei se é verídica, mas...

Fonte: blogs.band.com.br


Sem mais.....

4 de fev. de 2010

Chazinho de Coca - Adriano e V.Love - as Joanas da casa do Pet.

No último domingo nós tivemos o privilégio de acompanhar a um enorme Fla-Flu, com direito a 8 gols e a uma virada sensacional do Flamengo. Dificilmente este deixará de ser o jogo do ano, e nós ainda estamos em fevereiro.

Ao final da partida veio a tona o disparate causado pelo craque Petkovic, que não aceitou ser substituído, depois brigou com Marcos Braz e abandonou o estádio antes mesmo do final da partida.

Pet errou feio, primeiro por não ser solidário ao grupo num momento em que o time ainda perdia para o rival histórico. Segundo que ele não respeitou a hierarquia. E em terceiro porque ele colocou o clube em vias de receber punição, pois poderia ele Pet ser escalado para o exame antidoping, ao qual ele não poderia participar pois já havia abandonado o estádio.

Errou Pet? Errou e feio. Marcos Braz agiu bem ao buscar puni-lo? Agiu. No papel de torcedor, ele deve idolatria Pet. No papel de dirigente, não. Quem deve algo a quem aí é o jogador ao dirigente. Marcos Braz não quis abrir precedente para uma possível instauração de “Mãe Joanice” no clube. Depois Patrícia Amorim colocou panos quentes e, para o bem do clube, principalmente do clube – por questões técnicas e principalmente financeiras – Pet foi reintegrado ao elenco e tudo segue em “paz” no reino do campeão brasileiro. Mas será que segue mesmo?

A boca pequena diz que a bronca de Pet é, na verdade, relacionada aos desfrutes concedidos a Adriano e, oras bolas, a Vagner Love – somente aos dois.

Ontem Marcos Braz veio a público e, na maior das caras lavadas, assumiu que ambos possuem mesmo mordomias, chamadas por Braz de “tratamento especial”.

Pergunto ao intrépido feroz que lê essa patacoada. O que Adriano e, principalmente Vagner Love, representam para o Flamengo em comparação a Petkovic?

“Ahhh, o Adriano foi formado no clube”.

Certo, no caso de Adriano, com muito esforço e boa vontade, pode se achar “válidas” as mordomias. Mas e Love?

“Mimimi...o Love sempre disse ser flamenguista desde criancinha”

Mas já beijou o escudo do Palmeiras e nunca teve uma virgula de sua carreira dedicada ao Mengão. Fora que tecnicamente não faz por merecer tratamento especial faz tempo.

E Pet? É exagero colocá-lo como um dos maiores ídolos da história, ou pelo menos da história moderna, do clube?

Sua história junto ao rubro-negro guarda as de Adriano e Love no bolso, sem esforços.

“Então o certo é dar privilégios a ele também”

O certo é cada jogador receber aquilo que lhe é justo e a partir daí, junto de todo o grupo, cumprir as obrigações que todo trabalhador precisa cumprir. Churrasquinho na laje não esta entre elas.

Mas se é para ser a casa da mãe Joana, que então a Dona Joana seja aquela que verdadeiramente sempre se dedicou a casa, sempre empenhou-se a ela, que já é a dona do pedaço há muito mais tempo.

No papel de Joana, Pet está há anos luz a frente de Adriano. De Love então...

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E para alegrar mais uma manhã caótica na megalópole, despeço-me da rica (em saúde, em alegria e paciência) ferocidade que nos acompanha com o agradável clássico do Bolshoi – Sunday Morning

Cheers,

3 de fev. de 2010

DJ por (mais) uma noite.

Meus nobres,

Quero convidá-los para no próximo sábado (06/02) estarem comigo comemorando mais uma das tantas primaveras desse feroz que vos escreve.

Para marcar a data, farei parte do escrete de ferozes dj´s que formam o line-up da festa SUITE 69 - que faz a sua estréia na KITSCH CLUB - casa marotissima onde a nobreza poderá escutar petardos musicais que apetecem os ouvidos alheios, além de poder apreciar uma gelada ou algo do tipo, num ambiente cheio de graça e suingue, repleto de cidadãos de Liverpool e de Manchester, todos empenhados na salutar prática do air guitar.

Um coquetel de estréia dará as boas vindas aos mallanders.

Ficarei honrado com a presença de todos :)

Segue a chamada oficial da festa:
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SUITE 69

NOITE DE ESTRÉIA!!!!!

Rock 60' s - 10' s

***********A nova festa traz um coquetel de estreia que vai da 00h até 01h com drinks a vontade para seus convidados.***********

O line-up de estréia segue:
Mauro Bertolino (RIFF / Party People)
Carlos From (Hot Club Nights)
Angelo Malka (RIFF / Party People / Refresh / We Say Go)
Click (Party People / Grind)

Convidados: João Paulo Tozo - B-day (Blog Ferozes FC) & DJ Yoller

A festa começa as 23:59 do dia 06/02 e acaba as 6:00.

Preços:
15$ sem nome na lista
10$ na lista amiga:
davibovie@gmail.com

infos:http://ferozesfc.blogspot.com/(11)91248810 ou (11)66380122



Cheers,

1 de fev. de 2010

Chazinho de Coca - Corinhians 1X0 Palmeiras

E enfim o Corinthians voltou a vencer o maior rival, após longos 3 anos e 7 jogos.

Num Pacaembu longe de estar lotado e contra um Palmeiras que, além de não ter elenco, ainda busca formar um time, o timão precisou de 6 minutos para abrir o placar. Na descida de Iarley, o estabanado Armero fez falta na direita. Na cobrança de Tcheco, o time do Parque São Jorge contou com a saída errada de Marcos, com a falha de marcação de Edinho e com o oportunismo de Jorge Henrique, que desviou de cabeça para marcar o único tento do clássico.

(Imagem Fonte - Lancenet)

Aos 10 minutos Roberto Carlos foi expulso após entrada violenta e João Arthur. Daí em diante a ala esquerda do Corinthians passou a ser preenchida as vezes por Danilo, as vezes por Ralf.

Aos 10 minutos também o Corinthians abdicou de atacar.

Desde então o que se viu foi um Palmeiras esforçado, trabalhando bem as jogadas até a bola chegar aos pés de Cleiton Xavier, que tentava jogo pelo meio, ou de Figueroa, que buscava alimentar o ataque com seus cruzamentos venenosos. Infelizmente, para ambos e para o torcedor alviverde, o atual time do Palmeiras resume-se a zaga e meio campo. O ataque inexiste. Robert, que após partida contra o Monte Azul disse que a molecada do time não havia segurado a bronca, também não segurou a sua – ainda que o gol de empate esteve a sua disposição, sem marcação, sem goleiro, bastando apenas um mínimo de condição técnica, um mínimo de tranqüilidade para empurrar a bola para o gol. Mas em sua infeliz conclusão, a bola chegou a Daniel, que em impedimento concluiu, mas o lance já estava parado.

Ao longo do jogo Muricy fez o que podia. Após a expulsão de R.Carlos, o treinador abdicou do zagueiro Gualberto e mandou Daniel a campo, recuando Edinho para a zaga. Mandou também Wendell no lugar de Armero, que mais uma vez esteve mal e já tinha levado o amarelo.

Em cobrança de falta de Xavier, aos 18 do 2º tempo, o ataque do Palmeiras ameaçou pela última vez os 10 jogadores corintianos. A partir daí, somente os jogadores da zaga, conseguiram levar perigo ao gol de Felipe. O que demonstra o quanto é ineficaz o atual ataque verde. O que também evidencia o quanto esse time é dependente de Cleiton Xavier e Diego Souza, o 2º sendo o único do time que consegue ser verdadeiramente agudo no ataque. Sem ele o time ao agride.

Ao final o time de Muricy ainda perdeu Cleiton Xavier, expulso por reclamação.
Pelo volume de jogo, o Palmeiras merecia o empate. Mas é um time que sem Diego Souza fica sem ter com quem contar no ataque. A impressão deixada é que o jogo poderia durar 5 horas, que ainda assim o gol de empate não sairia.

O Corinthians por sua vez mostrou frieza, além de ver seu goleiro em grande tarde e Jorge Henrique decidindo quando necessário.

O Timão pega a Ponte Preta, quarta-feira em Campinas, enquanto o Verdão recebe a Lusa no Palestra, sem Cleiton Xavier e rezando desesperadamente para que Diego Souza se recupere até lá .

Veja o que rolou de bom no clássico do Pacaembu:


Despeço-me da nobre ferocidade que nos acompanha com o petardo do Interpol – Pioneer To The Falls.

Cheers,

Do Populacho! - Fim do Tabu - outra visão!

Foto do Lancenet.com

Dia de clássico dos clássicos. Corinthians e Palmeiras, mais um na história. A vitória do Timão acabou com jejum de vitórias sobre o rival, e em pleno estádio do Pacaembú. O time escalado por Mano Menezes deu mostra do que estará em campo pela copa Libertadores da América e, é fato, não decepcionou. Até a expulsão de Roberto Carlos, aos 8 do primeiro tempo, o time apresentou belo rendimento. Com passes precisos e capaz de chegar à área adversária em pouco tempo o time alvinegro marcou logo no início, com Jorge Henrique, novamente monstro em campo, após cruzamento milimétrico de Tcheco. Após a expulsão se limitou a defender, sofrendo grande pressão do rival, mas manteve-se. E manteve-se assim até o fim do segundo tempo, quando o Palmeiras começou a cambalear pela dificuldade criativa.

Quanto à expulsão de RC, aconteceu depois da entrada de carrinho por trás. RC é velhaco dos gramados, experiente. Expulsão tola, que impediu que víssemos mais do sonhado time titular (sem Ronaldo, machucado), de Mano Menezes. Mas tudo que vem tem serventia. A pressão alviverde serviu para testar a defesa, que dá mostras de bom funcionamento com Willian e Chicão, bem como Ralf e Elias, que vem se entrosando a cada jogo. Confirmou que JH é titular e vem melhorando em cada partida, por seu vigor físico e capacidade de compor espaços preciosos quando está sem a bola, fora o fato de jogar em inúmeras posições. Mostrou a disposição de Danilo, camisa 10, que cobriu a lateral esquerda. Apontou a técnica de Ralf, volante, movido para a lateral esquerda para liberar Danilo.

Ao fim, foi uma vitória de garra. Se isso é o que propõe o Corinthians para a libertadores, podem dizer: que venha!