29 de jul. de 2010

Café com Leite: Polvo Profeta

Texto: Beto Almeida 
Foto: Reuters

Perguntei pro polvo Paul:
- Pode previsão?
- Pode. Porém, pergunta pertinente.
- Pra próxima partida, Poderoso prevalece?
- Pode postar: Palmeiras perde.
- Placar?
- Parco.
- Por quê?
- Porque porco pipoca. Pá!

Menino da vila: Uma mão na taça, mas poderia ser as duas.


Texto:
Gregório Possa
Foto: Globoesporte.com

A primeira partida da final da Copa Brasil deixou bem claro a superioridade técnica do Santos. Com um volume de jogo avassalador, os meninos da vila executaram uma verdadeira ''blitz'' pra cima do Vitória que praticamente não saiu do seu campo de defesa. Analisando os melhores momentos pode-se contar 8 ou 9 chances claras de gol, além de um penâlti batido com total displicência pelo garoto Neymar, que pode custar caro ao time.

A equipe baiana entrou em campo com uma postura bem clara, se defender e sair no contra ataque, porém não executou com efiência nem um, nem outro. O Santos pressionava e envolvia a marcação adversária e não permitia a saída rápida do Vitória. Precisando reagir a equipe visitante sofria com a defiência técnica de seus jogadores e não conseguia trocar dois ou três passes seguidos. A bela atuação dos volantes do Santos (Wesley e Arouca) aliada com a raça e disposição do lateral Pará dificultaram e muito a vida dos rubro-negros.

Sem o brilho de Ganso e Robinho, o garoto Neymar chamou a responsabilidade no primeiro tempo e comandou o ataque santista, a maioria das chances passava pelos pés dele, o menino abusado partia pra cima, driblava, cavava faltas frontais, tanto que em uma delas, Paulo Henrique bateu com rara precisão e carimbou a trave do goleiro Lee. Aos 14 minutos, o gol saiu no peito e no talento de Neymar - o nome do primeiro tempo - após receber cruzamento de Pará, o atacante santista completou para o gol com extrema categoria, só empurrando de peito.

As únicas possibilidades de gol do Vitória eram nas bolas paradas, porém os cobradores não foram eficientes e facilitaram a vida da defesa santista. Nem a diminuída de ritmo do Santos aliviou a pressão sobre a defesa baiana. No final do primeiro tempo, outra chance clara, André recebeu passe de Neymar e perdeu um gol feito, cara a cara com o goleiro.

A segunda etapa só invertou os lados do campo, já que a pressão santista continuava intensa e o quadro do primeiro tempo não foi alterado, o Vitória com 10 atrás e o Santos perdendo gols incríveis. Aos 27 minutos, a chance crucial. Neymar sambou pra cima do zagueiro Wallace e sofreu penâlti, ele mesmo cobrou de forma bisonha e recuou para o goleiro Lee, tentando cobrar a lá El Loco Abreu, o camisa 11 santista ficou só na tentativa.

As mexidas de Dorival Jr. assustaram a torcida que logo esboçou algumas vaias, mas parece que esse ano - haja o que houver - o mar está realmente pra peixe. Mesmo sacando o maestro santista, a substituição deu certo, Marquinhos que entrou no lugar de Ganso, não só fez um golaço de falta, mas também salvou a pele de Neymar que deve ter se sentido aliviado após o gol do companheiro. Quando o jogo parecia encaminhado e o 2x0 confirmado, o Santos ainda criou outra chance nos pés de Zé Eduardo que chutou duas vezes pro gol, parando no goleiro Lee e na defesa do Vitória.

O resultado teoricamente é bom, porém as chances perdidas, incluindo um penâlti, deixam um gostinho amargo na boca dos santistas. A final está aberta, o Vitória conta com 100% de aproveitamento em casa e o Santos com o fato de ter marcado gols em todas a partidas e possuir o melhor ataque da competição. A vaga na Libertadores está mais próxima de Santos, na teoria, porque na prática tudo será decidido em território baiano.

27 de jul. de 2010

Chazinho de Coca - O Valdivia voltou. Que os bons fiquem. Que os bons voltem.


“Parem as máquinas!”

Já diria o famoso apresentador e comentarista esportivo. O motivo é nobre, o motivo é válido, inclusive para o detentor da frase citada.

O Mago Valdívia voltou para o Palmeiras.

Aqui no Ferozes FC eu tento emitir minhas opiniões sempre no limite entre a isenção e a paixão. Uma questão não atrapalha a outra, mas caminham juntas.

Desde a lamentável saída do chileno em 2008 - muito em razão do antigo treinador, o mesmo que depois foi mandado embora do clube e que recentemente tentou melar a negociação entre Palmeiras e Valdivia – grande parte da imprensa especializada e os teóricos de mesa de boteco refutam e criticam a forma com que o camisa 10 foi vendido em 2008. “O valor não era grandes coisas”, “Perder um jogador como esse para um mercado tão irrisório?”.

Ou seja, perder Valdívia foi um péssimo negócio para o Palmeiras, concluíram os fantásticos detentores da razão no esporte. Então porque raios trazê-lo de volta agora passa a ser discutível?

A simples ânsia pela polêmica é o que motiva tão antagônicas análises sobre o mesmo assunto? Ou é o caso de ele ter escolhido o clube “errado”?

Ahhh, como não!

Não é mania de perseguição. Eu percebo essa diferença de boa vontade de parte da imprensa em relação a determinados clubes há tempos, mas nem por isso me apego a isso para usar o FFC como um canal de desabafo. Isso eu faço na mesa do bar.
Mas dessa vez a coisa ganhou alguns contornos bastante contraditórios. A verdade é que Valdívia é um baita de um jogador. Joga em qualquer time brasileiro. EM QUALQUER UM! Só que ele veio para o Palmeiras.

Então é justo que o amigo torcedor alviverde comemore sim. É a sua manifestação colocando os termos “Mago Valdivia” e Valdivia Voltou” entre os 10 assuntos mais comentados no mundo pelo twitter, é derrubando o site do Palmeiras com o tremendo número de acessos e aguardando a volta do bom futebol do chileno, que a “isenta” análise desses “cientistas da bola” virarão palavras ao vento.

“Quase 6 milhões de Euros por um jogador de 26 anos?”

E daí? Ainda bem que estão trazendo e não vendendo. Depois os mesmos vêm querer reclamar que os bons estão lá fora? Daí não vale mais, negão.

Time de futebol não é banco. Time de futebol precisa conquistar vitórias e títulos. Esses sim, acontecendo, irão render os lucros necessários para que o clube, seja ele qual for, possa montar bons elencos.

“O Valdívia não tem mercado no Manchester, no Barcelona, na Inter”.

Mas tem mercado no Palmeiras, tem mercado no Brasil. Tem mercado onde quer que seja necessário um meia de habilidade e precisão. Essa mania de achar que o que é bom tem de estar na Inglaterra, na Italia ou na Espanha é uma conversinha tacanha e retrograda.

Que os bons fiquem. Que os bons voltem.

Valdívia:



Cheers,

26 de jul. de 2010

Menino da Vila: Santos prevalece na primeira convocação de Mano Menezes.












Texto: Gregório Possa
Foto: Globoesporte.com


De forma muito serena e educada como sempre, o técnico Mano Menezes anunciou os 24 convocados para o amistoso contra os Estados Unidos, dia 10 de agosto. A expectativa sobre a convocação dos meninos da vila era muito grande e foi confirmada com o anúncio de quatro jogadores do alvinegro praiano, três dentro do proagnóstico (Neymar, Ganso, Robinho) e o quarto uma completa surpresa, André.

Muitos estreantes compõem a lista, atitude sábia do nosso novo comandante, que pretende testar os jovens talentos brasileiros visando a Copa de 2014. Esse tipo de renovação é muito válida e mostra que a seleção deve respirar novos ares se quizer voltar a ser, de fato, aquela temida e respeitada seleção pentacampeã do mundo. Não que o Brasil tenha perdido esse posto, mas os últimos resultados abalaram a confiança e encheram de força os adversários que não veem mais os brasileiros como a seleção a ser batida.

Esperamos que esse novo ciclo seja de total sucesso, títulos e muitas alegrias para o povo brasileiro, que vê reascender a esperança com tantas boas promessas vestindo a camisa mais pesada e gloriosa do mundo. Ao alvinegros da lista, toda sorte do mundo ! mostrem toda a irreverência e talento tipicamente brasileiro e sejam não só os meninos da vila, mas os meninos do Brasil e dessa nova seleção que tem tudo pra ser vitoriosa.

Como diz Fernando Vanucci: '' A Copa é logo ali'', portanto, cabe a nós torcer pra que o novo projeto dê certo e que possamos mostrar ao mundo que não somos apenas o país do futebol, mas também o país da Copa do Mundo.

Café com Leite: Valeu, Mano!

Texto: Beto Almeida 
Foto: Joel Silva/Folhapress

É isso aí, o técnico Mano Menezes saiu do Corinthians para virar funcionário da Globo, ops, técnico da seleção brasileira. Tudo bem, cada um com suas escolhas, é normal cometer erros na vida.
Quem se deu bem nessa história foi Adilson Batista, ex-técnico do Cruzeiro, que passa a comandar a equipe alvinegra nesta terça-feira. Ele tem uma ação trabalhista contra o Timão da ordem de R$500 mil, legal saber que o Todo-Poderoso não leva isso em conta na hora de contratar seus profissionais, exemplo que deveria ser seguido por toda empresa neste país tropical e abençoado por Deus.
Taí: acho que o escrete corinthiano só tem a ganhar com o novo técnico. Gosto do estilo dele de querer jogar pra frente e mantendo a posse de bola. O Mano é bom técnico, ganhou a Copa do Brasil, Paulista, etc. e tal, mas bastava o time marcar um gol pra botar a equipe na retranca.
É Mano, teu ciclo no Timão acabou, obrigado.
E teu jogo de despedida foi ontem contra os campineiros do Guarani. Nada mais justo que encerrar tua história no Timão com uma vitória e o retorno à liderança do Campeonato Brasileiro, tchê.
Pois é galera, o Fluzinho do quase-técnico da seleção Muricy Ramalho pisou na bola e empatou com o Botafogo no Engenhão. Caiu pro segundo lugar. Merecido. Retomamos o que era nosso por direito e destino e as armas de Jorge.
Mas vamos falar do jogo com o Guarani, né? O Todo-Poderoso começou arrasador, logo no primeiro minuto abriu o marcador com um gol de Jorge Henrique. Alegria no Pacaembu que contava com trinta mil fiéis, entre eles minha amiga Karen Bachega, cuja presença deixou o espetáculo mais bonito.
O domínio do Corinthians foi tão avassalador nos primeiros vinte minutos que poderíamos ter matado a partida no primeiro tempo mesmo. Mas, não... O Timão sempre tem que deixar o adversário empatar o jogo, sabe, pra dar aquela emoção.
E o empate veio no segundo tempo com gol de Mazola aos dezoito minutos.
Pronto, assim que o Bugre conseguiu o empate o Corinthians acordou novamente. Daí que Dentinho foi expulso num lance onde cabia o cartão amarelo, o juizão pra compensar a besteira expulsou um do Guarani também. A regra é clara nesses casos.
Empurrado pela torcida, o time corinthiano chegou ao segundo gol numa cobrança de falta de Bruno César – o garoto joga muito e merece um lugar na nova seleção brasileira. Viu, Mano?
Só pra deixar tudo mais tranqüilo pro nosso lado, o sósia do Tevez fez mais um de cabeça, num cruzamento do Rei, Roberto Carlos. 3 x 1, pra fechar a conta e passar a régua, como dizem na padaria onde tomo meu café matinal e tardal.
Aí foi aquela festa, o Mano fazendo a volta olímpica com os jogadores e sendo ovacionado pela torcida. Valeu, Mano. Você mandou bem.

Chazinho de Coca - O palmeirense começa a conjugar o verbo "planejar".


Texto: João Paulo Tozo
Foto: Jarbas de Oliveira (p/ o Lancenet!)


Quando Felipão diz que não se pode esperar que esse time do Palmeiras brigue pelo título do BR10, ele só fala a verdade.

O time ainda é bastante desequilibrado em seus setores. A ocupação de espaço é deficiente. Não a toa essa é uma das principais preocupações de Scolari nesse seu início de trabalho – organizar melhor as peças e com isso povoar de verde todos os espaços do campo.

O que não quer dizer que o time não vem melhorando. Taticamente já é bem visível a ação do trabalho do treinador. Individualmente o ataque ganhou muita força com Kleber, mas Ewerthon ainda está devendo, além do que nenhum dos dois é goleador. As jogadas acontecem, mas em sempre resultam em gols.

Ontem essa deficiência saltou aos olhos na partida contra o Ceará. Jogo complicado, mas no qual o Verdão foi melhor em quase todo o cotejo – sobretudo na 2ª etapa.

No começo o time verde aceitou a proposta ofensiva dos donos da casa. Lincoln preso não conseguia acionar o ataque. Por outro lado a zaga esteve bem, ainda que o goleiro Deola não transmita a segurança necessária. Marcos ainda não tem um substituto a sua altura – se é que haverá um algum um dia.

Com quase metade do time suspenso, Felipão deu maior liberdade a Vitor e Armero para apoiarem o ataque. Leo fez boa cobertura no lado esquerdo, por onde o Ceara mais atacou.
Até os 30 minutos o jogo foi mais cearense. Até que Kleber perdeu grande chance e acendeu o time.

Tinga saiu mais para o jogo e deu a Lincoln a companhia que faltava na armação. O meia, aliás, tornou-se a melhor opção do time.

Na 2ª etapa o Palmeiras imprimiu velocidade, agora também com Patrick apoiando mais e Vitor sendo quase um meia pela direita. O jogo ficou bom. Aos 7 minutos Kleber meteu bola no travessão.

Estevam Soares mandou Wellington Paulista para o lugar de Erik Flores, na tentativa de dar mais rapidez a saída de jogo. O Palmeiras marcava a saída de bola cearense e ganhava quase todas as bolas pelo meio.

Mas a mexida de Estevam só foi surtir algum efeito a partir da tola expulsão de Leo, que até vinha bem, mas levou um drible fácil e apelou.

Deola então teve de mostrar serviço. Ainda que estabanado, promoveu defesas importantes e conseguiu segurar o 0 no placar.

Felipão ainda aguada por Valdívia. Mas há de se salientar que o ótimo meia não irá salvar sozinho essa lavoura. O time precisa de ao menos um zagueiro de bom nível para fazer dupla com Danilo, quando esse voltar de suspensão. Felipão quer também um meia de pé esquerdo, mas sinceramente não há grandes opções no mercado. O último que passou pelo Palmeiras foi Alex Cabeça. Terá de ser ele novamente? Para esse ano a chance é zero.

E além de organizadores de jogo, o time necessita urgentemente de um fazedor de gols. Ele não é o Kleber e muito menos o Ewerthon. Mas se o meia tá difícil, o que dizer de um centroavante de bom nível?

Já são 10 pontos separando o Palmeiras do 1º colocado – 4 rodadas. A preocupação de momento é muito mais em se afastar do pelotão de trás do que pensar em título. Título que pode vir a ser o da Sulamericana, agora sim uma competição de grande importância, que leva a Libertadores.

Felipão sabe disso. Em seu discurso realista está também inserido um planejamento que traz a memória do torcedor o ano de 1998, quando o time já com vaga garantida na Liberta que depois conquistou, fez um forte trabalho na Sulamericana da época, a Copa Mercosul, conquistando o título e dando ao elenco a tarimba em competições internacionais.

Fosse qualquer outro o treinador e a palavra “crise” voltaria ao cotidiano do time. Mas com Felipão a paciência existe. O verbo “planejar” ganha a conjugação que há tempos o palmeirense esqueceu como se faz.

Despeço-me da rapaziada feroz que nos acompanha ao som do petardo do Ride – Drive Blind:


Cheers,

25 de jul. de 2010

Menino da vila: Mistão do Santos leva a melhor sobre o do São Paulo

Texto: Gregório Possa
Fotos: Globoesporte.com


Pouco, mas muito pouco pode ser destacado do clássico desta tarde na Vila Belmiro. A sequência ruim, a falta de interesse no Brasileiro e os dois times poupando titulares foram fatores primordiais para um jogo truncado e sem emoção alguma para os torcedores, que esperavam a vitória pelo menos pra ganhar alguma moral e confiança para as decisivas partidas do meio de semana para ambas equipes.

Jogando em seus domínios, o Santos tomou a iniciativa da partida, mas sem assustar muito o goleiro Rogério Ceni que trabalhou apenas uma vez em todo o primeiro tempo, quando defendeu uma bela cobrança de falta, executada por Marquinhos. A equipe tricolor sentindo a falta de seus titulares, errava muitos passes e só chegou ao gol do Santos com chutes de fora da área, sabendo da insegurança do arqueiro alvinegro.

A partida encaminhava-se para um melancólico empate, mas parece que 2010 é mesmo do Santos, pelo menos em relação ao tricolor do Morumbi, já que das quatro partidas disputadas no ano, os alvinegros venceram todas (inclusive a de hoje). Após cobrança de falta de Marquinhos, Renato Silva, desviu para o próprio patrimônio e deu números finais ao jogo. As alterações das duas equipes pouco mudaram o andamento da partida e o jogo terminou da forma que começou, completamente morno.

Com a vitória, a equipe da baixada respira na tabela e sobe para a oitava posição com 15 pontos, já o São Paulo se aproxima da zona de rebaixamento e começa a correr riscos no campeonato. As duas equipes voltam suas atenções para as decisões de quarta-feira, o tricolor pega o Inter pela semifinal da Libertadores e o Santos encara o Vitória pelas finais da Copa do Brasil.

Apesar dos últimos resultados desfavoráveis, Santos e São Paulo devem brigar pelo título nacional, isso se não desmancharem suas equipes nessa janela de transferências, principalmente os alvinegros que contam com jovens talentosos e muito assédio dos clubes europeus.

Os dois times mais gloriosos do Brasil tentarão apagar a volta ruim pós Copa com o foco que tinham desde o primeiro semestre, se conseguirem esse objetivo, certamente o torcedor nem se lembrará dessa sequência ruim. O Santos mesmo vencendo, não convenceu e precisa melhorar muito se quizer conquistar o título inédito da Copa do Brasil.

Sorte aos meninos da vila !

22 de jul. de 2010

Café com Leite: Duracell


Texto: Beto Almeida 
Fotos: UOL

            Caramba, o Corinthians não perde a mania de dar uma força pros lanternas, parece pilha alcalina. A secadeira dos torcedores rivais foi monstro e o Atlético Goianiense levou de 3 a 1 o jogo contra o Todo-Poderoso.

            Também, a tragédia já estava anunciada: a semana inteira a imprensa esportiva falando da provável ida de Mano Menezes para a seleção brasileira. Pô, o cara tava com a cabeça inchada de tanto blá-blá-blá, como ia se concentrar em dirigir o time nesta partida?

            Fato é que o Mais Querido começou melhor a partida, tocando a bola e jogando bonito. O alvinegro perdeu inúmeras chances de abrir o marcador, mesmo porque o time goiano não é o último colocado à toa.

            Aí me vai o Chicão querer sair jogando como se fosse o Falcão... Claro que perdeu a bola, possibilitando um contra-ataque (ainda tem hífen?) pro Atlético-GO. Júlio César derruba Rodrigo Tiui na área, é pênalti.

            Chicão – guarde esse nome, vai aparecer novamente no texto.

            Robston bate e marca pro Atlético.

            Beleza, é tradição sofrer, o coração agüenta, vamuquevamu, pra cima dos caras que tá fácil. E tava mesmo, conseguimos o empate logo depois numa bela trama do ataque corinthiano. Bruno César faz cruzamento que Danilo escora de cabeça para Iarley fuzilar para o gol. É noise.

            Danilo – guarde esse nome, vai aparecer novamente no texto.

            Acaba o primeiro tempo. Volto daqui a 15 minutos.

            Um...

            Dois...

            Três...

            Quatro...

Cinco...

Seis...

Sete...

Oito...

Nove...

Dez...

Onze...

Doze...

Treze...

Quatorze...

Quinze.

Beleza, tamu de volta e os dois times voltam pro segundo tempo. Quer dizer, só os goianos voltaram, porque o Todo-Poderoso parece que ficou no vestiário. A gente voltou jogando como se fosse o Santos. Ou o São Paulo. Ou, blargh!, o Palmeiras.

Lembra do Danilo? É aqui que volto a falar dele. Tá certo, o cara veio do Japão, tudo bem, o lugar é do outro lado do mundo. Mas ele é o maior caso já registrado de jetlag da história. A figura simplesmente ainda não acordou.

Daí que vai me cruzar uma bola pro outro lado do campo, chuta no juiz. É claro que perde ela na volta, contra-ataque dos goianos de novo, pegando nossa defesa desarrumada, pimba!, 2 x 1 e a segunda maior torcida do Brasil (a anti-corinthiana) comemora ensandecida.

É aquilo, corinthiano sofre e tal...

Bola pra frente, vamos virar a bagaça. Aqui é Coríntia!, já dizia um general grego, nas batalhas e no cinema também. Ou era algo parecido com isso.

Daí que Iarley é derrubado na área do adversário. O juiz marca o pênalti. É noise.

Lembra do Chicão? É aqui que volto a falar dele. Não satisfeito em ter feito a cagada no primeiro gol do Atlético, me atrasa a bola pro goleiro quando cobra o pênalti. Valeu.

Mano... Vaipra seleção. Quem é que coloca Chicão pra bater pênalti quando tem Roberto Carlos no time?

A segunda maior torcida do Brasil comemorou, e comemorou novamente quando o Atlético Goianiense fez o terceiro gol, encerrando a partida e acabando com a nossa invencibilidade. Enquanto isso, a maior torcida do Brasil ia dormir com a cabeça um pouco mais quente, nem tanto, talvez só uma coceirinha. A gente ainda é líder da bagaça, seus secadores dugarai!

Agora o Timão pega o Guarani no domingo, ou no sábado, sei lá. Mas não me arrisco a fazer previsões. Dá zica.

Sampa Noise - Raça, libertadores virou obrigação.


foto: Carlos Padeiro site uol


Sim! Foi o que a torcida entoou aos quatros cantos do Morumbi na partida de ontem do São Paulo contra o Grêmio Prudente, minha gente.

Um simples lampejo foi o que aconteceu ao time do São Paulo ontem. Um lampejo de 40 segundos. Por 40 segundos vimos o time que queremos ver, o tempo de futebol empolgante no São Paulo tem diminuído.

E a defesa que outrora ressaltava por muita das vezes ter salvado o São Paulo, já não joga como antes. A defesa sempre perita em bolas áreas, não voa mais. Se antes a defesa era o único ponto forte do São Paulo, hoje não é mais.

Vamos parabenizar o técnico Tricolor que conseguiu fazer com que a melhor defesa do mundo, não jogasse nada.

Tomar gol de cabeça é inaceitável, com uma defesa onde o mais baixo ontem tinha 1,90m e alguma coisa.

Mas tudo bem, vamos pensar assim para nos consolar:

1 - Os jogadores estão com a cabeça nas semi da Liberta;

2 - Os jogadores não dividem a bola com vontade, por medo de lesão e perder a semi;

3 - Os jogadores querem queimar o filme do Ricardo Gomes;

4 - O técnico é o maior culpado por não ter pulso firme;

5 - Ou como diz no popular, o técnico é uma anta mesmo.

Make your choice.

Vamos torcer para que o time consiga atingir o bom futebol de pouco antes do início da copa. Que o time consiga reconquistar a vontade e a garra por jogar futebol. E torcer para que a diretoria do São Paulo na reunião de hoje decida pela demissão de Ricardo Gomes.

Isso não ira atrapalhar o time na reta final da Liberta. Pode ser que o técnico assuma a responsabilidade e traga o que o time precisa, ou seja, o ânimo e vontade de jogar e de ser campeão.

Porque se jogar com o futebol apático e sem brilho de ontem, o Tricolor será eliminado da Copa Libertadores.

Dica musical do dia: Lynx - Keep It Low (Feat Kemo)

Menino da vila: Apagão nos meninos da Vila e baile na Arena.




Texto por: Gregório Possa
Foto: Terra


Gols, dribles, dancinhas, goleadas, ofensividade e acima de tudo alegria de jogar futebol. Esse era o Santos do primeiro semestre, a equipe que conquistou o Brasil e revolucionou a maneira de jogar, nos remetendo a um passado brilhante e inigualável do glorioso time praiano dos anos 60.

Todo esse encanto se perdeu, os meninos da vila não são mais os mesmos. Seria falta de comando ? Falta de comprometimento com o Brasileirão, já que estão na final da Copa do Brasil ? Ou a cabeça deles já viaja em terras européias ?

A parada da Copa do Mundo parecia benéfica, o time descansaria e voltaria com baterias recarregadas para as decisões do segundo semestre, mas o que se viu em três jogos foi uma completa decepção para santistas e amantes do futebol bem jogado que esperavam ver os meninos brilharem por mais alguns meses na relva sagrada da Vila Belmiro e por todos os cantos do país, antes de seguirem o seu inevitável destino.

A partida dessa noite na Arena da Baixada, deixou claro que o Santos larga com certa desvantagem em relação ao Vitória para disputa da final. O Atlético-PR dono de vaga cativa na zona do rebaixamento durante todo o campeonato e com um time extremamente limitado e dependente de Paulo Baier, simplesmente deu um baile nos alvinegros e por um milagre não saiu com uma goleada histórica.

Os erros de sempre persistem, a defesa bate cabeça, o goleiro é inseguro, o técnico sem pulso e agora nem o ataque que funcionava bem está dando certo. No jogo anterior o alto volume de jogo não resultou em gols, porém havia o acalento do time estar criando inúmeras chances, em contra-partida no jogo de hoje, o Santos não criou uma chance sequer e ainda amargou mais uma rodada sem marcar gols, coisa que em 2010 era praticamente impossível.

O único santista que ''entrou em campo'' foi o garoto Neymar que parece ter acordado, mas pouco pôde fazer sozinho. De fato, foi uma noite pra esquecer e o torcedor santista espera que sirva da alerta para diretoria que ainda não contratou um goleiro com certo cacife para assumir a camisa 1 do Santos. Rafael e Felipe são esforçados, possuem certo reflexo, mas não externam qualquer confiança para a defesa e deixam o torcedor apreensivo durante todo jogo. Com eles na meta santista a certeza de fortes emoções é evidente e como diria o ilustre Galvão Bueno: '' Haja coração ''.

Com uma sequência tão ruim, a pressão para o título da Copa do Brasil aumenta muito e a torcida torna-se cada vez mais impaciente, cabe ao Santos colocar os pés no chão, arrumar a casa e voltar a brilhar. Essa é a hora de Dorival Jr. mostrar porque é o comandante da equipe santista e fazer jus a esse posto.

Voltem a jogar meninos da Vila !
Pelo bem do Santos e do futebol brasileiro, que carece dessa alegria e irreverência.

19 de jul. de 2010

Café com Leite: Invictus




           
Texto: Beto Almeida 
Fotos: UOL
    Issoaí galera, acabou a Copa do Mundo, tudo volta como dantes no quartel de Abrantes e a bola volta a rolar no Brasileirão, apelido carinhoso e aumentativo do Campeonato Brasileiro de Futebol.

    A volta do Timão aconteceu na noite de quarta-feira passada contra o Ceará lá em Fortaleza, por motivos de força maior e menor não pude escrever a coluna. Mas o jogo que terminou num empate de zeros dispensou comentários mesmo.

    Então falemos do jogo de ontem, que rolou no Pacaembu e cujo adversário foi, nada mais, nada menos, que o Atlético Mineiro, uai. O time dos comedores de queijo veio desfalcado de Diego Tardelli, artilheiro da equipe dirigida por Wanderley Luxemburgo. O que não quer dizer muita coisa, tanto o desfalque como o comandante da equipe.

    Logo antes de começar a partida percebe-se que a Copa 2010 me deixou marcas indeléveis no coração: a bola do Brasileirão é FEIA bagarai! Saudades da Jabulani, que todo mundo reclamava, mas era linda.

    Falando em beleza: Lari Riquelme, donde estás que me olvidaste?

    Ah, Copa do Mundo... Eu que não olvidei você. Nem da África do Sul, terra linda dum povo massacrado pelo apartheid, mancha na história da humanidade que sempre foi desumana com os carentes e oprimidos.

    E a África do Sul me faz lembrar do filme “Invictus”, dirigido por Clint Eastwood e com Morgan Freeman no papel de Nelson Mandela. O filme conta a história da seleção sul-africana de rúgbi que, logo após o fim do apartheid, venceu a Campeonato Mundial de forma invicta. Daí o nome do filme, é óbvio.

    Como é óbvio que escrevi todo esse intróito só pra dizer que o Todo-Poderoso é o único invicto do Brasileirão, aleluia! E sempre vencendo em casa, que beleza!

    É agora que recebo o prêmio Pulitzer por escrever uma matéria jornalística de forma tão original.

    Aprendam cronistas esportivos de cérebro mais diminuto que um polvo, aprendam colunistas e repórteres de revistas e jornais e Internet, é assim que se faz: tudo começa por ler vários e bons livros, seus babacas.

    Depois deste humilde conselho aos profissionais da imprensa nacional, zeladora do prédio onde moram a verdade e justiça verde-amarela, aquele prédio onde o carteiro nunca consegue achar o endereço, voltamos a falar do jogo.

    Que começou com um Corinthians arrasador, trocando passes tal qual a seleção espanhola: uma Fúria alvinegra. E foi assim que logo no primeiro minuto Dentinho sofre pênalti.

    Chicão, nosso capitão e batedor oficial de penalidades, chutou pra fora. Tá vendo como a Jabulani faz falta?

    Tudo bem, corintiano tem de sofrer mesmo, questão de DNA. E durante os primeiros 15 minutos do primeiro tempo, só deu a gente. Depois os mineirim até que igualaram as ações dentro de campo, mandaram uma bola no travessão num lance esquisito onde a bola feia bateu na coxa dum jogador atleticano e encobriu o goleiro.

    O primeiro tempo terminou assim.

    As duas equipes voltaram para o segundo tempo com mudanças: no Corinthians, Jorge Henrique substituiu Iarley, que estava devagar. No Atlético, Fabiano substituiu João Paulo, que sei lá.

    E tal qual no primeiro tempo o Todo-Poderoso se impõe na partida, com um toque de bola refinado e de muita movimentação, porém falhando muito nas finalizações. Bruno César era o destaque do match, chutando muito de fora da área. Tava na cara que o gol corintiano era só uma questão de tempo.

    Aos onze minutos Luxemburgo fez a alteração que iria determinar o resultado da partida: colocou Diego Souza em campo, no lugar de Neto Beirola. A entrada do pé-frio, o Mick Jagger do Parque Antártica, ex-jogador palmeirense, portanto, acostumado a derrotas, foi a chama que incendiou o ânimo alvinegro.

    E foi com Bruno César, num chute de longe que desviou num zagueiro do Galo, que o Timão abriu o marcador. Mais não precisava, seguramos o 1 x 0 até o final. Três pontinhos, liderança isolada e tal.

    Pra completar a alegria deste que te escreve, leitor, só o faz-me rir habitual que o desempenho dos rivais proporciona: o Verdinho é aquilo, leva o pau de sempre; o Tricocô ainda acha que Fernandão é craque; e Sardinha é bom de se comer na praia mesmo.

    Agora é pegar o lanterna em Goiás. Mais três pontos garantidos.           

Menino da vila: A bola pune !


Texto por: Gregório Possa
Fotos: globoesporte.com


Quem não conhece o velho ditado do nosso futebol - '' Quem não faz toma '' ?

Pois bem, nada pode ser tão exato para a definir o que ocorreu na partida de ontem, válida pela 9° rodada do Brasileirão, entre Santos x Fluminense.

De um lado o tradicional ''estilo Muricy'' de jogar, três zagueiros, dois volantes e só o Fred lá na frente degladiando com os defensores santistas. Já do lado alvinegro - que contava com a volta de Robinho - o ímpeto ofensivo era o mesmo, o volume de jogo continuava avassalador, porém uma coisa mudou, a rede não balançava mais como de costume.

A equipe santista pressionou desde o primeiro minuto e os tricolores usavam do contra ataque para levar perigo ao gol de Rafael, aliás o Santos joga praticamente sem goleiro e infelizmente Dorival Jr. não tem opções para o setor, os dois defensores da meta santista são inseguros e não dão confiança nenhuma aos zagueiros. Sabendo disso, o Fluminense arriscou alguns chutes de fora da área e Fred quase abriu o placar com um chute aparentemente fraco, mas que deu muito trabalho ao goleiro Rafael.

Após finalizações bisonhas, defesas do goleiro Fernando Henrique e alguns gols perdidos, a bola puniu a equipe alvinegra e o Fluminense em um contra-ataque fuminante fez o seu gol. A noite não era mesmo do Santos e a bola insistia em não entrar, Marcel acertou o travessão e Robinho perdeu um gol praticamente impossível de ser perdido.

A vitória dos tricolores valeram a vice-liderança no campeonato, além de dar mostras do sempre eficiente trabalho do técnico Muricy Ramalho. Para o Santos, que parece estar com a cabeça voltada para o dia 28 - quando joga a primeira partida da final contra o Vitória - a derrota serve de alerta ao time que voltou com uma espécie de ressaca pós Copa do Mundo.

Duas derrotas seguidas a essa altura, não são motivo para desespero da torcida, afinal tudo que pôde o Santos conquistou no primeiro semestre e tem certo crédito. Porém o time deve uma apresentação digna de ''Circo de Soleil'' como definiu o presidente Luis Álvaro no começo da temporada. Os ingressos continuam caros mas o espetáculo já não é mais o mesmo.

ACORDA SANTOS !



NOTA IMPORTANTE: O atacante Keirrison que foi cedido por empréstimo de um ano pelo Barcelona se apresentou hoje e prometeu pagar a ''dívida'' que tem com a equipe santista, já que marcou 10 gols em 4 jogos contra os alvinegros. Boa Sorte K9 !

Chazinho de Coca - A justa vitória do Avaí sobre o Palmeiras de Felipão.


Contra o Avaí Felipão fez a sua estréia no banco de reservas do Palmeiras. Mas sua filosofia de jogo vem sendo aplicada desde o jogo contra o Santos, onde das tribunas deu as coordenadas para Murtosa comandar o time em campo. Contra o Peixe o time foi bem, o ataque funcionou. Contra o Avaí, não.

Não funcionou o ataque, porque o time teve a mesma postura, criou oportunidades que não foram concluídas.

A vitória do Avaí por 4X2 foi justa, do tamanho que foi. Não que tenha sido muito mais time. Mas foi muito mais fatal quando necessitou.

Logo aos 10 minutos Marcos Assunção cobrou falta venenosa, que Renan espalmou para o meio da área, onde Gabriel Silva finalizou. O Verdão abria o placar e era melhor em campo. Marcos Assunção é um jogador símbolo desse início de trabalho de Felipão. Ganhou definitivamente a vaga de titular e tem atuado como 2º volante, que de fato é a sua posição. Só que Felipão tem lhe dado liberdade para chegar a frente, até porque Assunção finaliza muito bem de fora da área. Uma deficiência há tempos inserida no jogo Verde, que tinha a solução dentro do próprio elenco mas não vinha conseguindo usá-la corretamente.

Aos 19 minutos Kleber entrou na área pela esquerda, driblou dois marcadores e caiu. Reclamou pênalti, que Gaciba não deu.

No que eu enxergo de futebol, coisa de contato e aquela coisa toda, não foi pênalti. Como não foram pênaltis os que Gaciba deu para Palmeiras e Avaí no decorrer do jogo. Mas se ele marcou os outros, o de Kleber também deveria te sido sinalizado. Faltou coerência ao juizão.

Na sequência o nome do jogo mostrou seu cartão de visitas. Caio encheu um canudo de fora da área, perfeitamente defensável, mas que Deola aceitou. 1ª falha do goleiro do Palmeiras. 1º êxito de Caio no jogo.

Equilíbrio no placar, restabelecido também em campo. O jogo ficou bom.

O Palmeiras foi novamente a frente pelo seu lado forte que é o direito.Vitor enfiou bela bola para Ewerthon, que dominou e rolou para Lincoln, que poderia ter finalizado, mas viu Kleber entrando livre, sem marcação e sem goleiro para evitar o gol certo. O meia deu o gol para o Gladiador, que finalizou, mas não contava com a intervenção sensacional, quase divina, de Patrick que surgiu como um foguete e tirou a bola em cima da linha.

O toma lá da cá continuou e o Avaí respondeu na mesma moeda. Rápido contra-ataque, triangulação perfeita, passe de Robinho para Roberto só desviar para o gol.

O equilíbrio acabou aí. O Avaí acendeu no jogo e o Verdão começou a se perder. Até que Pará fez falta forte em Márcio Araujo e foi expulso.

Com 3 volantes no time contra uma equipe com jogador a menos, Felipão sacou Marcio Araujo e mandou o centroavante Tadeu ao jogo. Poderia ter colocado Tinga no lugar de Pierre, que já tinha amarelo e não vinha bem no jogo. Araujo era o mais ofensivo dos 3 volantes naquele momento. Tinga poderia auxiliar o sobrecarregado Lincoln na armação.

Bem, fato é que Tadeu não entrou legal. Mas ainda assim o Verdão empatou. Kleber sofreu o pênalti e o próprio converteu. Marcou seu 1º gol no retorno ao time, mas seu 3º no campeonato, contabilizando aí os 2 que já havia marcado pelo Cruzeiro. Acabou também com a “má sorte” do time em cobranças de penalidades.

Ainda houve chances com o próprio Tadeu e depois com Assunção, em belo chute que Renan defendeu no canto.

Mas quem começava a ganhar o jogo era o Avaí de Caio. Ainda que com jogador a menos. Na medida em que o Palmeiras buscava a virada a todo custo e perdia gols, ainda abria espaços para as escapadas de Caio e Roberto.

Mesmo que com menor volúpia ofensiva, o time catarinense foi mais eficaz na hora de decidir.
Foi assim quando Roberto entrou driblando e sofreu pênalti de Leo. Caio bateu, Deola acertou o canto – ufa! – mas por azar a bola voltou limpa para Caio mandar pro gol. Leo ainda foi expulso ao receber 2º amarelo.

Deola voltou a ser protagonista no 4º, mas negativamente. Em rápido contra-ataque Roberto foi lançado livre de marcação, mas dois palmeirenses o acompanhavam de perto, podendo eventualmente interceptar a jogada. Mas Deola saiu atabalhoadamente do gol e foi até a intermediária para cortar o lance, foi driblado facilmente por Roberto, que depois só rolou para o gol vazio.

São outros tempos no Palmeiras. Uma derrota dessas com qualquer outro treinador e hoje os muros do Palestra amanheceriam pixados, haveria manifestação no CT e aquela coisa toda.

Mas de fato, apesar da derrota o time mostra sim uma postura diferente. Alguns jogadores começam a marcar a era Felipão, como Marcos Assunção, Vitor e Edinho. Parece haver confiança de que o trabalho será bem feito e trará resultados. Ainda que não sejam a um curto prazo. Ainda que sejam necessários os reforços que irão sim chegar. Ainda que a derrota para o Avaí tenha sido merecida.

E o Avaí mostra que não é azarão ao chegar a 2ª vitória consecutiva, contra dois times paulistas. São Paulo, no Morumbi e Palmeiras, em casa. Mais um bom trabalho do eterno Antônio Lopes.

Despeço-me da ferocidade que nos acompanha com o saborosissimo som da Kate Nash – I Just Love You More:


Cheers,

16 de jul. de 2010

Chazinho de Coca - Palmeiras vence o clássico. Sob o "Efeito Felipão".

Texto: João Paulo Tozo
Imagens: Tom Dib

Mesmo no papel de Auxiliar Técnico de luxo, Felipão já colocou em prática o “Efeito Felipão” e “estreou” com vitória em seu retorno ao Palmeiras.

Se o Verdão havia perdido Cleiton Xavier horas antes do clássico contra o Santos, por outro lado tinha a estréia de Kleber Gladiador e – ao menos no mérito técnico – a estréia de Ewerthon, que fez seu melhor jogo desde que chegou ao Palestra Italia. Com Lincoln – outro destaque do time - mais centralizado e armando o jogo, estava formado o triangulo que fez uma fumaceira dos diabos pra cima da zaga santista.

O Peixe vinha com Ganso no banco, recuperando-se de artroscopia e sem Robinho, que estranhamente pediu para não jogar.

Murtosa e Felipão trancaram o Palmeiras escalando Edinho como um falso 3º zagueiro, por vezes aparecendo a frente, enquanto Assunção e Marcio Araujo se seguravam.

Entretanto o gol saiu em falha de Maranhão, que afastou mal o cruzamento verde. Inteligente, Kleber ajeitou de cabeça para Ewerthon que vinha de trás e que com extrema felicidade acertou um petardo indefensável, no ângulo direito de Rafael. Um golaço!

Daí o jogo ficou bom. O Santos partiu pra cima e passou a deixar espaço para as rápidas investidas de Kleber e Ewerthon. O Peixe esbarrou também na má jornada de Neymar, mais preocupado em reclamar da marcação do que em jogar futebol.

O Santos era quem dava o tom do jogo. Quando partia pra cima, o Palmeiras postava Kleber e Ewerthon abertos nas pontas. Quando diminuía o ritmo o jogo, Edinho voltava e formava o tripé da defesa. Tava ruim pro Santos.

O 2º tempo começou e o panorama permaneceu o mesmo. Mas o Santos voltou com Ganso no time.

Aos 14 minutos uma alteração estranha no Palmeiras. Murtosa e Felipão sacaram Lincoln, que vinha muito bem e era o cérebro do time, e promoveram a estréia de Tinga.

E dava pra ter cornetado essa mudança. Mas aí o “Efeito Felipão” funcionou outra vez.

Felipão não é só competente, tem estrela. Muita estrela. A alteração que seria xingada por qualquer um, mal teve tempo de sofrer os xingamentos. Em seu 1º lance Tinga recebeu aberto pela esquerda e enfiou o canudo, a bola ainda desviou em Edu Dracena e matou o goleiro Rafael.

O Palmeiras batia no Santos e ainda jogava bem. Felipão tirava um destaque do jogo e colocava uma jovem promessa e a coisa funcionava. Palmeiras e Felipão é de fato uma parceria diferente.

A dupla de comandantes continuou mexendo no time. Depois veio Patrick no lugar de Ewerthon e Tadeu no de Kleber. E ambos vinham bem no jogo.

Dorival Jr mandou Marcel no lugar de Neymar, que saiu soltando fogo pelas ventas. Só que a alteração surtiu efeito, tornando a reclamação de Neymar injustificável.

Ainda que na base do abafa e dos cruzamentos, jogo que não é característico do Peixe, aos 38 pintou outro golaço. Dele, de Marcel.

O Cruzamento veio da direita, o centroavante dominou no peito e encheu o pé, a bola ainda tocou no travessão e dormiu dentro da rede. Ainda teve tempo do Santos meter uma bola na trave. Mas não seria justo o empate.

O Palmeiras foi mais time ao longo do jogo e fez sua reestréia no BR10 com o pé direito. E também sob o “Efeito Felipão”.

Despeço-me da ferocidade cheia de ginga que nos acompanha com um clássico do AC/DC - You Shook Me All Night Long:




Cheers,

15 de jul. de 2010

Sampa-Noise Pé esquerdo

Foto: Renan Prates. Site uol


Estamos de volta, recomeça o certame nacional, e o São Paulo recomeça com o pé esquerdo.

Uma derrota dentro do Morumbi por 2 a 1.

Muitos deveram pensar, perdemos porque o foco é libertadores e tal, eu não concordo nem um pouco com esse pensamento.
O Campeonato Brasileiro é muito importante para um time, como a Libertadores também é.

Imagina só:

Dar prioridade para a libertadores, deixar de ganhar jogos fáceis e bons no brasileiro, e se o São Paulo não ganhar essa Libertadores, quando voltar a se dedicar ao Brasileirão já estará muito atrás em pontos, a recuperação é difícil, e só os 4 primeiros colocados classificam-se para a Libertadores do ano que vem.

Então os times tem que deixar essa mania de lado e se dedicar aos dois campeonatos.

O que vimos ontem foi o ano começar novamente para o São Paulo, vimos o mesmo modo de jogar do começo do ano, um time sem rapidez, sem objetivo e fraco na marcação dos contra-ataques.

O Avaí surpreendeu o São Paulo ontem fazendo 2 gols em jogadas rápidas de contra-ataque.

O time que deveria ser o ideal para o São Paulo, começou a jogar tarde demais a partida, a reação deveria ter começado logo apos ter tomado os 2 gols, mas o Tricolor se segurou, e só começou a jogar bem depois dos 30 minutos do 2º tempo.
Antes da partida das semifinais da Libertadores contra o Internacional, que conquistou uma boa vitoria por 3 a 0 contra o Guarani, o Tricolor Paulista ainda tem mais 3 jogos no Brasileirão, para melhorar.

O time do Internacional mostrou força, vontade e um bom entrosamento, coisas que o São Paulo deveria ter mostrado ontem, deveria ter mostrado que voltou para ser campeão.

Torcedores São Paulinos tenham paciência e fé.

Dica Musical do dia. Uma das musicas que tenho tocado muito em meus sets.

Dj Die & Interface - Bright Lights (Rockers Mix).